Goleiro de time que briga pela permanência na Série A não basta ser bom, precisa operar milagres de vez em quando. O Avaí encontrou o santo protetor de sua trave. Tem sobrenome de origem alemã, mas atende por Douglas. O Leão não toma gol há três rodadas no Campeonato Brasileiro: desde quando o arqueiro assumiu o compromisso de zelar pela moldura azurra.
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Na partida de estreia, o 2 a 0 sobre o Botafogo, dividiu os holofotes com o Joel, autor dos tentos da vitória no Engenhão. No jogo seguinte, garantiu o 0 a 0 com a Ponte Preta. No último, o triunfo sobre o Grêmio, foi protagonista. Foram cinco defesas difíceis, inclusa uma cobrança de pênalti. Garantir que a meta estivesse intacta deu confiança ao time, os jogadores de frente foram impulsionados ao ataque e o Avaí venceu por novo 2 a 0 fora de casa.
Emprestado pelo Corinthians ao Avaí no início do ano, ganhou a chance depois de falha do então titular Kozlinski. A oportunidade de estar em campo na elite nacional pela primeira vez não foi desperdiçada. Douglas não desapontou. Fez o que dele se esperava, ainda que meses depois. Seria o titular, conforme o planejamento azurra. Porém, uma lesão muscular na pré-temporada obrigou a mudança.
Kozlinski começou o ano como titular e virou destaque da equipe no Campeonato Catarinense, inclusive reconhecido como melhor da posição em premiação da competição. Coube a Douglas esperar a chance de mostrar as intervenções que chamaram a atenção do Timão quando atuava pelo Bragantino na Série B do ano passado. Mal sabia o arqueiro que as defesas no interior paulista seriam passaporte para a Ressacada.
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– É um atleta rápido e grande. É difícil encontrar um goleiro alto, com 1,94m, e com a rapidez que tem. Nós o conhecíamos, por isso o contratamos – assegura Joceli dos Santos, diretor de esportes do Avaí.
O desempenho na posição coincide com a personalidade. Sabe aguardar o momento para fazer bem quando necessário. É tido pelos integrantes da comissão técnica azurra como um atleta de poucas palavras, mas de boa educação e boas conversas quando engata em uma antes ou depois dos treinamentos. Porém, ganha a vida com os pés e as mãos, e são as atitudes dentro de campo que contam – e têm contado a seu favor.
– Não me surpreende as boas atuações dele porque ele vem treinando bem. Só quem acompanha os treinamentos sabe que estava pronto para entrar, que teria condições de jogar. Treina muito e seria difícil outro tomar a posição – completou Joceli, que era goleiro quando atleta profissional.
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A posição é de Douglas. Mas a cada jogo precisa confirmar a condição. Milagre a milagre, como precisa o Avaí para alcançar o objetivo na Série A.
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