Desde criança visitei a cidade de Praia Grande, pois meu avô Ademar Getúlio morava na cidade e de vez em quando vínhamos visitá-lo. Quando meus pais decidiram se mudar para cá minha vida se transformou muito, pois meu mundo em Porto Alegre era totalmente diferente: cidade movimentada, com muitas opções de lazer, mas também cheia de problemas relacionados à violência. Meus poucos amigos eram da escola e, de repente, tudo mudou quando vim para Praia Grande.
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Cheguei em uma cidade calma em que todas as pessoas se preocuparam em me acolher, me conhecer, mostrar a cidade. A hospitalidade aqui é sensacional e isso é um diferencial da cidade. É um lugar pequeno, de 7 mil habitantes, que acolheu de fora um a cada cinco moradores atuais. Em Porto Alegre, eu não andava de bicicleta porque havia o perigo de ser assaltado. De repente, vi aqui muita gente usando a bicicleta normalmente, na época foi uma coisa impressionante.
Viver em Praia Grande nos permite fazer coisas simples, como deixar o carro na rua com os vidros abertos, mesmo com pertences dentro, pois sabemos que ninguém vai mexer e muito menos roubar. Além do mais, temos as belezas naturais, nossos cânions e cascatas que atraem turistas e aventureiros de todos os lugares, gente que gosta de curtir uma boa caminhada ou escalada junto à natureza.
Posso dizer, com certeza, que quem vive aqui e por algum motivo precisa sair, faz isso com muita dor no coração e sempre com o pensamento de um dia poder retornar.
* Guia turístico, 30 anos, nasceu em Porto Alegre (RS)
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