O mais novo senador da República, Wilder Morais (DEM-GO), que assumiu nesta sexta-feira a vaga aberta pela cassação de Demóstenes Torres, chegou ao parlamento, onde pode ocupar cadeira até 2018, sem receber nenhum voto nas urnas. Wilder era suplente de Demóstenes.
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Dos 81 senadores da atual composição do Senado, 16 chegaram ao cargo como suplentes, sem serem eleitos por voto popular. Veja a lista:
– Lobão Filho (PMDB-MA) – entrou no lugar de Edson Lobão (PMDB-MA), que saiu para ser ministro
– Sergio Souza (PMDB-PR) – entrou no lugar de Gleisi Hoffmann (PT-PR), que saiu para ser ministra
– Paulo Davim (PV-RN) – entrou no lugar de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que saiu para ser ministro
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– Eduardo Lopes (PRB-RJ) – entrou no lugar de Marcelo Crivela (PRB-RJ), que saiu para ser ministro
– Clovis Fecury (DEM-MA) – entrou no lugar de João Alberto Souza (PMDB-MA), que saiu para ser secretário estadual
– Cyro Miranda (PSDB-GO) – entrou no lugar de Marconi Perillo (PSDB-GO), que saiu para assumir o cargo de governador
– Casildo Maldaner (PMDB-SC) – entrou no lugar de Raimundo Colombo (DEM-SC), que saiu para assumir o cargo de governador
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– Ana Rita (PT-ES) – entrou no lugar de Renato Casagrande (PSB-ES), que saiu para assumir o cargo de governador
– Garibaldi Alves (PMDB-RN) – entrou no lugar de Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que saiu para assumir o cargo de governadora
– Anibal Diniz (PT-AC) – entrou no lugar de Tião Viana (PT-AC), que saiu para assumir o cargo de governador
– Gim Argello (PTB-DF) – entrou no lugar de Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou para escapar de processo de cassação
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– Antônio Russo (PR-MS) – entrou no lugar de Marisa Serrano (PSDB-MS), que renunciou para assumir vaga no TCE/MS
– Zeze Perrella (PDT-MG) – entrou no lugar de Itamar Franco (PPS-MG), que faleceu
– Clésio Andrade (PMDB-MG) – entrou no lugar de Eliseu Resende (DEM-MG), que faleceu
– Assis Gurgacz (PDT-RO) – entrou no lugar de Acir Gurgacz (PDT-RO)*, que saiu em licença-saúde
– Wilder Morais (DEM-GO) – entrou no lugar de Demóstenes Torres (sem partido-GO), que teve o mandato cassado
* Acir Gurgacz assumiu vaga de Expedito Junior (PSB-RO), cassado pela Justiça eleitoral em 2007
Posse sem pompa
O primeiro suplente do senador cassado Demóstenes Torres tomou posse na manhã desta sexta-feira no plenário do Senado, assim que foi aberta a sessão. O novo parlamentar é suspeito de envolvimento no esquema comandado pelo bicheiro Carlinhos Cahoeira (a mesma suspeita que levou à cassação de Demóstenes).
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A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) falou a ZH sobre a entrada de Wilder para o Senado. Questionada sobre o passado do novo parlamentar, a senadora gaúcha disse que isso deve ser tratado por instâncias da casa como a CPI do Cachoeira e a Comissão de Ética.
– Eu não o conhecia, fui apresentada hoje pelo senador Ciro. Minha participação foi absolutamente protocolar. Se ele tiver de dar explicações, será para as instâncias competentes do Senado, se isso for provocado por algum senador ou algum partido – disse a senadora.
A parlamentar gaúcha também falou sobre o sistema de seleção de suplentes de candidatos ao Senado. Com a queda de Demóstenes, volta-se a discutir no país a questão da representatividade dos suplentes e da indicação de apadrinhados. Ana Amélia cita como um avanço necessário a proibição de que pais e filhos possam ter relação de titularidade e suplência e afirma que a questão da escolha dos suplentes volta à tona no Senado e tem de ser enfrentada pelos senadores.
Com a cassação de Demóstenes Torres, Wilder terá mais seis anos e meio de mandato. O nome parlamentar adotado pelo novo senador será Wilder Morais.
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