Ainda que o empate sem gols no Beira-Rio tenha ficado de bom tamanho para o Inter – que pode jogar por um empate no Engenhão – um lance emblemático marca o resultado em 0 a 0 desta noite na Capital.
Continua depois da publicidade
FOTOS: confira as fotos do jogo pela Libertadores
GALERIA: crianças entram em campo no Beira-Rio
No pênalti sofrido por Leandro Damião, Dorival Júnior chamou Muriel e disse que a cobrança seria feita por Nei. O meia Dátolo já havia pego a bola e rumado para a marca do pênalti. Nei se absteve e deixou o argentino cobrar. O argentino teve o chute defendido por Diego Cavalieri e o Inter perdeu a chance de ir ao Rio de Janeiro com uma vantagem ainda maior.
– Nós treinamos com quatro ou cinco jogadores, sempre. Em campo, é natural. Eu dei a ordem para o Nei batesse porque as últimas cobranças dele foram muito boas. De repente, naquele instante, ele, intimamente, não estivesse se sentindo tão confiante quanto o Dátolo. Se o Jô tivesse em campo, poderia ser o Jô. Tudo depende do momento – minimizou Dorival.
Continua depois da publicidade
– Eu acho que foi um grande jogo. Não podemos desconsiderar. Duas equipes que procuraram jogar. No primeiro tempo, as marcações prevaleceram. No segundo, as equipes não abriram mão de atacar. Ninguém aqui entra em campo preocupado em tomar o gol. É natural que você se defenda. Jogos de Libertadores são assim, mesmo que fizéssemos um ou dois gols, no jogo do Rio teríamos as mesmas dificuldades e seria muito disputado – resumiu o treinador sobre a partida.
Leia as demais declarações de Dorival Júnior na entrevista coletiva:
Série de lesões:
“A partir do momento que o jogador passa para as minhas mãos, ele está recuperado. Isso tem acontecido com todas as equipes que jogam grandes competições. Jogadores não são máquinas. Ninguém dá importância para a pré-temporada. Será que só o Inter que tem esses problemas? Olha o Diguinho (o jogador do Fluminense teve de ser substituído ainda no primeiro tempo), olha a quilometragem que já fizemos. Viagens, poucas recuperações. A cada rodada, o Inter vem jogando uma partida decisiva. Isso sem contar o Once Caldas. Alguns jogadores vão sentir mais. Continuaremos tendo lesões. E não há como jogar com time B. Estamos jogando finais.”
Anular Deco e Fred
“Tem de tirar os espaços, o máximo possível. São dois jogadores. O Deco não precisa de mais de um metro de campo para colocar o companheiro na cara do goleiro. Foi um jogo muito disputado. As defesas prevaleceram em relação aos ataques.”
Jogo de volta
“Vamos ver com que jogadores chegaremos à partida. Do jeito que as coisas andam é natural que tenhamos mais uma ou outra baixa. A vantagem de você jogar em casa é grande, desde que tenha atitude para tal. Fluminense em casa sempre foi uma equipe difícil de ser batida. As duas equipes não vão abdicar de atacar.”
Continua depois da publicidade
Baixas para o Gre-Nal
“É cedo que possamos fazer uma avaliação. Amanhã teremos algo mais concreto. O vestiário estava normal. sempre que voce não alcança um resultado é normal que desanime. mas amanhã já estaremos pensando no gre-nal. É um clássico, não tem como você se poupar, vai exigir muito.”
LIBERTADORES – Oitavas de final – 25 de abril de 2012
Local: Beira-Rio, Porto Alegre
INTER (0)
Muriel; Nei, Moledo, Índio e Kléber (Fabrício); Sandro Silva, Guiñazu, Tinga e Dátolo; Dagoberto (Jajá) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.
FLUMINENSE (0)
Diego Cavalieri, Bruno, Anderson, Gum e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Jean), Thiago Neves (Lanzini) e Deco; Rafael Sobis (Marcos Júnior) e Fred. Técnico: Abel Braga.
Arbitragem: Paulo César de Oliveira (Fifa-SP), auxiliado por Alessandro Rocha (Fifa-BA) e Emerson de Carvalho (Fifa-SP).
Continua depois da publicidade
Cartões amarelos: Rafael Sobis, Edinho, Deco (F). Tinga, Sandro Silva, Guiñazu, Nei (I)
Público: 32.268 (28.152 pagantes)
Renda: R$ 1.027.010,00
Confira um lista com os bares para assistir a Inter x Fluminense