Ao contrário do jogo da Vila Belmiro, semana passada, o Inter foi bem. Goleou o The Strongest por 5 a 0 com naturalidade, autoridade e competência. Aproveitou as chances de gol, povoou o meio-campo e não deu chances ao adversário. Com o resultado, assumiu a liderança do Grupo 1 da Copa Libertadores da América. Nada disso, porém, tira a concentração e a seriedade de Dorival Júnior.

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CRÔNICA: Com três de Damião, Inter atropela o The Strongest por 5 a 0 no Beira-Rio

GALERIA: Confira imagens da goleada colorada sobre o The Strongest

Depois da partida, o técnico colorado disse que apesar do ótimo resultado, o jogo não passa de uma vitória normal.

– O futebol faz com que as esquipes oscilem. É um fator natural. Enfrentamos o Santos e não tivemos uma boa atuação. Hoje, as coisas se inverteram, jogamos muito bem desde o início. Acho que em uma equipe com qualidade, como a nossa, a oscilação acontece. O jogo contra o Santos passou, acabou. A partir de agora, temos no resultado de hoje apenas uma vitória. Não passa disso. A classificação ainda está em aberto e muitas coisas ainda vão acontecer. Não tem por que lamentar demais uma derrota e nem comemorar demais hoje – sintetizou o treinador.

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Questionado sobre o que teria falado aos jogadores antes da partida, Dorival relatou que destacou a importância do embate como mais uma decisão dentro desta Libertadores.

– Falei que seria uma decisão como vem sendo esta Libertadores em todos instantes. Não poderíamos transferir esse momento até pela necessidade e pelo perigo de uma partida tão difícil. Acho que tudo foi importante para que pudéssemos alimentar essa situação diferenciada com os atletas – disse.

A respeito dos murmúrios da torcida, direcionados ao técnico antes de o time entrar em campo, Dorival mostrou frieza, naturalidade e respeito com as críticas.

– Não me preocupo com isso. Se tenho o nome contestado em razão de um jogo (contra o Santos), e depois do Gre-Nal (derrota e eliminação por 2 a 1 no Beira-Rio), não tenho o que falar. Meu trabalho segue. É a diretoria que tem que avaliar tudo isso. Não vejo problema algum. Às vezes, você é aplaudido. Às vezes, vaiado – avaliou.

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O técnico também lembrou que protestos ainda que tímidos da torcida em relação ao seu trabalho aconteceram no máximo duas ou três vezes em sete meses no comando técnico do Inter. E considera isso normal.

– Se aconteceu duas ou três vezes, é normal. Seria anormal se fossem aplausos apenas uma ou duas vezes. Continuo meu trabalho com tranquilidade e não vejo problema. Devido ao que aconteceu semana passada, seria normal o torcedor reagir dessa forma na abertura da partida. Convivemos com isso no dia a dia – concluiu Dorival.