O ex-governador de São Paulo e empresário João Doria anunciou sua desfiliação do PSDB nesta quarta-feira (19). Afastado da vida pública desde maio deste ano, ele havia ingressado no partido em 2001 e não comunicou se pretende ingressar em outra sigla.

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Ao comunicar a saída do PSDB, o também ex-prefeito da cidade de São Paulo elogiou nomes históricos do partido e disse esperar que ele “tenha um olhar atento ao seu grandioso passado em busca de inspiração para o futuro”.

Doria foi eleito à prefeitura paulistana em 2016. Dois anos depois, ele renunciou ao cargo e foi alçado ao governo de São Paulo, em eleição na qual apostou em dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL), apelidada pelo próprio empresário de “BolsoDoria”.

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O então governador paulista rompeu, no entanto, com Bolsonaro ao longo do mandato, em especial nas estratégias de resposta à pandemia de Covid-19.

Doria atuou em defesa da vacinação contra a doença, enquanto o presidente se manteve contrário à importação da vacina da China, e levou a CoronaVac para São Paulo, onde o imunizante também passou a ser produzido, pelo Instituto Butatan.

A partir do rompimento, o governador paulista passou a se colocar na corrida presidencial de 2022 e disputou intensas prévias no PSDB contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, hoje candidato à reeleição.

Escolhido pela sigla, Doria chegou a renunciar ao mandato em março deste ano para efetivamente se colocar na disputa presidencial. Um mês depois, no entanto, ele anunciou ter desistido da condição de presidenciável e retornado à vida privada.

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O PSDB acabou levando à corrida para a Presidência a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que compôs chapa como vice da então candidata e também senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ambas foram derrotadas ainda no primeiro turno.

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