Amostras de exames antidoping colhidas nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e Londres-2012 estão passando por nova análise para evitar que atletas que usaram substâncias proibidas participem dos Jogos do Rio-2016, anunciaram nesta terça-feira o Comitê Olímpico Internacional e a Agência Mundial Antidoping (Wada).

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“O objetivo desse programa é afastar os atletas que se doparam em Pequim e Londres, mas que não conseguimos flagrar na época, porque os nossos métodos de análise não eram tão avançados como hoje”, explicou Richard Budgett, diretor-médico do COI, depois de um simpósio realizado em Lausanne, na Suíça.

A nova análise de centenas de amostras “já está em curso” e os resultados serão conhecidos “algumas semanas ou alguns meses” antes dos Jogos do Rio-2016, que acontecem dos dias 5 a 21 de agosto.

“Identificar os dopados e impedi-los de ir ao Rio é a melhor forma de proteger os atletas limpos”, resumiu Budgett.

Para isso, o COI criou uma força tarefa que reúne especialistas de várias federações internacionais, junto com executivos das organizações antidoping da Austrália, Dinamarca, Japão, África do Sul, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

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Na segunda-feira, a Agência Antidoping britânica foi encarregada de coordenar esta força-tarefa, que terá como missão identificar lacunas nos exames e apontar atletas ou grupos de atletas que precisam ser submetidos a novos controles.

O anúncio acontece pouco depois da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) decidir manter a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais, o que pode tirar o país das provas de atletismo dos Jogos do Rio-2016, devido a acusações de doping e corrupção.

Além da Rússia, a IAAF anunciou na sexta-feira que outros cinco países estão numa situação “muito crítica” por conta de deficiências nos seus programas antidoping. São eles Marrocos, Ucrânia, Belarus, Etiópia e Quênia.

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