– Sinceramente, não sei se vamos conseguir nos reerguer. Já cansamos de virar a noite trabalhando, eu e minha esposa, e agora que nossa situação estava melhorando acontece isso. Contabilizei uns R$ 800 mil de prejuízo, sem contar que vai ser difícil recuperarmos a confiança dos clientes – lamentou o proprietário da estofaria incendiada em São José na última segunda-feira, Carlos Renato Silva.

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::: Incêndio atinge casa, loja de autopeças e estofaria no bairro Campinas, São José

A lembrança do fogo destruindo o trabalho de sete anos no local incomoda Renato e a esposa Tatiana Erhardt. A profissão de estofador aprendeu menino com o pai, e trabalhou por muito tempo em um local alugado, até que conseguiu comprar o galpão às margens da Via Expressa. O valor de um seguro, segundo Renato, é em média R$ 20 mil por ano, a empresa não tinha condições de bancar.

Assim que o incêndio começou, vizinhos ligaram para avisá-lo, e o casal chegou junto com o caminhão do Bombeiros. Renato relata que ajudou no combate as chamas, e diante dos seus olhos os carros dos clientes, todo o estoque de peças e ferramentas de trabalho foram dizimados. Ao lado da estofaria existe um posto de combustível, e a preocupação dos Bombeiros foi isolar a parte traseira do local para evitar que as chamas se alastrassem causando uma tragédia pior. Sete caminhões foram necessários no combate ao fogo e 70 mil litros de água.

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Na manhã de quinta-feira o cheiro de queimado ainda era forte no local. Homens com mascara recolhiam o ferro que virou entulho, e cada vez que remexia encontravam os vestígios das ferramentas de trabalha da estofaria. Foram três viagens para vender o material para um ferro velho, que rendeu menos de R$ 500.

Além de lamentar o ocorrido, Renato quer justiça, e pede uma investigação justa de como tudo começou:

– Eu tenho certeza que o fogo começou desse terreno do lado (autopeças desativada), mas preciso esperar o laudo dos Bombeiros e já fui na Delegacia, o delegado diz que vai investigar. Tinha mais de 30 moradores de rua vivendo ali, denunciei para a Guarda Municipal, Polícia Militar e na ouvidoria da Prefeitura, mas ninguém fez nada. Eu via direto esse pessoal fazendo fogo queimar coisas e vender em ferro velho – afirmou.

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Como ajudar:

Não restou nada na estofaria, e além do prejuízo com materiais, a estrutura do galpão ficou abalada.

Para ajudar entre contato com Renato pelo telefone (48) 9997 3211

Mais urgente:

– Estrutura metálica para o teto

– Materiais de construção

Conta para depósito

Carlos Renato da Silva

Banco Itaú – Agência: 1570 Conta corrente: 02511-2