A Polícia Civil de Joinville concluiu o laudo pericial sobre o desabamento do trapiche no Morro do Amaral que causou a morte de Lupércio Luiz Costa, de 63 anos. O dono e o locatário do imóvel serão apontados pelos crimes de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal. 

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De acordo com o delegado Leandro Moisés de Souza, responsável pelo caso, o laudo constatou inúmeras falhas estruturais da obra e a principal causa do desabamento foi a falta de rigidez entre pontos de ligação da estrutura, principalmente entre a laje e a pilastra de sustentação.

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– Entre outras irregularidades, a obra foi executada sem amparo técnico, ou seja, sem acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro – afirma o delegado. 

Ainda conforme Souza, o locatário do imóvel, inicialmente, citou que a estrutura teria se corrompido por causa de uma forte onda gerada por uma embarcação que passou no local, pouco antes do acidente.

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No entanto, para o delegado, por se tratar de uma região navegável, a construção deveria estar preparada para este tipo de impacto. Por isso, o dono do imóvel e o locatário devem ser responsabilizados. 

– A ausência de fiscalização também pode contribuir para que este tipo de acidente ocorra – afirma.

Logo após o acidente, a Prefeitura de Joinville informou que a Defesa Civil interditou toda a estrutura, desde o acesso ao trapiche. O laudo pericial será finalizado nesta semana e encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina.

Como foi o acidente

Lupécio Luiz Costa e a esposa, Darci Millnitiz Costa, 63, aproveitavam o sábado ensolarado de 17 de julho, no trapiche, na zona Sul da cidade e, quando preparavam-se para ir embora, notaram algo diferente na estrutura do imóvel, uma espécie de tremor.

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Segundos depois, a estrutura desabou. Lupécio chegou a pedir “socorro”, mas foi atingido pela estrutura do trapiche e morreu no local. Darci fraturou a clavícula e teve rompimento de ligamentos. Ela foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada ao hospital São José.

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