As dificuldades enfrentadas pela Livraria Cultura tornaram-se públicas pouco antes do Carnaval, quando a Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, divulgou que a Saraiva analisava comprar a concorrente. O presidente da Cultura, Sergio Herz, no entanto, nega que a empresa esteja à venda ou que lojas específicas estejam em negociação.

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— Somos compradores. Olhamos aquisições no segmento de tecnologia que possam fazer crescer nosso negócio. Estamos apostando em crescimento online. Nossa postura é de ser consolidador do setor — disse Herz.

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Em dezembro, a Cultura comprou a participação de 25% que o fundo Neo detinha no negócio. Herz também nega que a saída do fundo de investimentos tenha ocorrido por falta de interesse na operação, que enfrenta queda nas receitas há dois anos — em 2016, o faturamento ficou em R$ 380 milhões, ante R$ 460 milhões em 2014.

— É normal um fundo sair de uma empresa e nós, por acreditarmos no negócio, compramos.

O Neo havia adquirido a participação em 2009, injetando capital para acelerar o processo de expansão física da rede.

Na semana passada, a Fnac Darty, rede francesa de lojas de produtos eletrônicos, culturais e eletrodomésticos, avisou que pretende se retirar do Brasil. Conforme a empresa, seus resultados ficaram no zero a zero em 2016, mas as vendas e a rentabilidade estariam em alta.

Um dia depois do anúncio, o presidente do grupo no país, Arthur Negri, afirmou que a companhia tenta buscar um sócio — estratégico ou fundo de private equity (que compra participações em empresas) — para a subsidiária brasileira. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o Santander tem mandato para assessorar a varejista no Brasil.

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