Após ler críticas nas redes sociais quanto a um suposto descaso de sua parte, o proprietário da égua que morreu na última quarta-feira no terreno do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Barbicacho Colorado, no Bairro Morro do Posto, em Lages, na Serra Catarinense, se manifestou para garantir que em nenhum momento o animal ficou sem os devidos cuidados e que tudo o que era possível foi feito na tentativa de salvá-lo, ainda que a doença que o acometia já estivesse em estágio avançado.
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Diego Rister Pereira, de 30 anos, conversou nesta sexta-feira com a reportagem do DC. Ele diz que sempre trabalhou com equinos. A égua em questão, cuja morte foi testemunhada por um funcionário da Epagri, vizinha do CTG, e por um cachorrinho, era da raça quarto-de-milha e tinha sete anos.
Batizada de Tostada, a égua tinha documentação e, segundo Diego, recebia o melhor tratamento que pode ser oferecido a um animal. A cada 60 dias, Tostada era submetida a uma série de exames e consultas veterinárias para poder participar de torneios de laço.
Diego garante que a égua sempre viveu em galpões limpos, com serragem seca, protegida do frio e da chuva e alimentada com ração da melhor qualidade, além de receber do seu dono o carinho que todo animal merece.
Égua vivia coberta para se proteger da chuva e do rigoroso frio da Serra. Foto: Diego Rister Pereira, Divulgação
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Recentemente, Diego garante ter recebido uma proposta de R$ 12 mil para vender Tostada, mas recusou na hora por considerar que a sua égua não tinha preço comercial, mas sim um imensurável valor sentimental.
Tostada viveu sob os cuidados diários de Diego durante quatro anos, até que, há 15 dias, começou a apresentar problemas de saúde. Atendida pelo veterinário Luciano Medeiros, considerado por Diego como um dos mais conceituados da região, a égua foi diagnosticada com Aguamento, doença que atinge os cascos do animal. Em decorrência disso, Tostada teve tétano e paralisia nas patas, e seu estado de saúde se agravou bastante.
– Questionaram por que ela não ficou em um galpão, mas a orientação do veterinário é que nesse tipo de doença o animal precisa caminhar e quanto mais se mexer é melhor para a recuperação. Por isso a égua ficou fora do galpão nesses últimos 15 dias, mas em nenhum momento ela deixou de receber o tratamento necessário.
Investimento em remédios e CTG reconhecido garantiram os cuidados
Diego garante que investiu mais de R$ 1 mil só em medicamentos na tentativa de salvar a égua e reforça que o CTG Barbicacho Colorado, um dos mais importantes do Estado, é reconhecido justamente pela sua tradição e jamais permitiria a morte de um animal por falta de cuidados, muito menos em um terreno de sua propriedade.
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– Eu trabalho com cavalos desde criança e tinha um sentimento muito forte por essa égua. Eu saía de perto para chorar ao vê-la naquele estado. Mas infelizmente ela não resistiu.
Quanto ao cachorrinho que permaneceu ao lado de Tostada durante dois dias, a irmã de Diego, Amanda Rister, disse ao DC que o bichinho vive no terreno do próprio CTG junto com outros animais.
Diego comenta que é normal cães acompanharem equinos enquanto cavalgam ou descansam. Porém, não desmerece a atitude do cãozinho que tentou ajudar Tostada e ficou conhecido com um herói.
O proprietário garante que o animal sempre foi saudável e bem tratado. Foto: Diego Rister Pereira, Divulgação
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