O dono de uma creche particular de Itapema foi indiciado por estupro de vulnerável. O inquérito da Polícia Civil tem 22 denúncias contra ele. O processo foi encaminhado nesta sexta-feira (4) ao Ministério Público, que vai definir por quantos destes casos o homem responderá. Isso porque não foi possível comprovar os relatos feitos por todas as famílias que registraram Boletim de Ocorrência, explica o delegado Aden Claus.

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— Foi realizado exame de corpo de delito em algumas crianças, mas não foi comprovado nada. O que eu concluo no meu inquérito é que houve abusos, sim. Porém, não teve conjunção carnal. Eram outros tipos de atos que não deixavam vestígios — detalha o responsável pelas investigações.

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Seis crianças serão ouvidas no Fórum nos dias 9 e 14 de junho por meio do chamado Depoimento Especial. Trata-se de uma entrevista feita por um profissional qualificado para não revitimizar os pequenos. A ação é um pedido do delegado, para que o Ministério Público ouça os relatos antes de decidir sobre o caso. 

Homem nega crimes

Durante esta semana, o homem passou por interrogatório e negou qualquer crime. Ele teve a prisão preventiva decretada em 17 de maio e ficou foragido por mais de uma semana, até se entregar à polícia em 28 de maio, em Barra Velha. O homem de 25 anos é o dono da creche. Ele já chegou a ser investigado em outra oportunidade pelo mesmo crime, mas o caso foi arquivo por falta de provas.

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Conforme as 22 denúncias recebidas pela Polícia Civil de Itapema, as crianças têm entre um e sete anos. Os três primeiros relatos chegaram ao conhecimento das autoridades no início de maio. Os pais fizeram manifestação em frente à unidade pedindo justiça. A partir daí, o número de denúncias subiu rapidamente. A creche então foi interditada por uma decisão da Justiça.

A polícia não soube informar quem é o advogado de defesa do homem. A reportagem também tentou contato atráves de um telefone celular ligado à creche, mas as chamadas caíram na caixa de mensagens. Leia também

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