O dono do carro roubado e usado por criminosos no ataque à 2ª Delegacia de Polícia de São José, entrou em contato, na quarta-feira, com a reportagem do Diário Catarinense para esclarecer que não irá contribuir com as investigações.

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O veículo foi encontrado horas depois da ação criminosa, carbonizado em uma rua de Biguaçu. Ele lamenta não ter segurança para relatar aos policiais as características dos suspeitos armados que roubaram seu carro, por que não se sente protegido.

– Infelizmente sabemos que os criminosos não permanecem presos. Quando fui abordado, não reagi e não vou mais me envolver com o caso. Não é a primeira vez que fui vítima de roubo e, como em outros casos, não soube da prisão dos criminosos, ou mesmo da permanência deles na cadeia – esclarece a vítima.

O carro carbonizado foi recolhido pela seguradora, mas os documentos da vítima e o celular, abandonados no veículo por causa da rapidez com que teve que entregar o carro aos assaltantes, não foram encontrados.

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A vítima foi ameaçada pelos criminosos com armas, mas não foi agredida. O cidadão está indignado com a situação da segurança pública no Brasil.

– Daqui a pouco será mais seguro dormir na cadeia, ao menos lá temos certeza de que não estaremos correndo riscos, pois os bandidos estão soltos – ironiza.

Para a vítima, a falta de punição adequada deixa todos os brasileiros na mira de pessoas sem responsabilidades e escrúpulos.

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– Não é só em casos de crimes como roubo e tráfico de drogas que percebo esta impunidade. Há poucos dias, fizeram alterações na Lei Seca e reforçaram ainda mais as chances de motoristas embriagados saírem ilesos de acidentes com morte.

As polícias Civil e Militar continuam o trabalho para identificar e capturar os responsáveis pelo atentado da última terça-feira. É possível que os criminosos tenham agido por vingança, mas a equipe de investigação não confirmou o motivo até o encerramento desta edição.