Decidir uma carreira é algo sério. A escolha de um curso de graduação, o início de um ofício ou a escolha de mudar de área de trabalho são decisões que impactam profundamente diversos aspectos da vida, que vão muito além do emprego. Será que as mulheres sentem isso de uma forma diferente?
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Esse é o assunto do quarto e último episódio da primeira temporada do podcast As minas sem filtro, programa comandado pelas comunicadoras Fernanda Cunha, da ATL Floripa, Larissa Guerra, da ATL Blumenau, e Duda Dalponte, apresentadora do Globo Esporte em Santa Catarina. Para esse papo, a bancada recebe duas convidadas: a pró-reitora de Planejamento Institucional da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Gisele Coelho Lopes, e a sócia-proprietária de uma empresa de consultoria e RH, Michelle Borba Warmling.
Assista ao episódio na íntegra:
Afinal, optar por uma carreira é resultado de diversos fatores, desde as aptidões naturais de cada pessoa — há quem seja mais comunicativo, quem prefira ouvir, quem tenha talento para trabalhos manuais… — até as oportunidades que se apresentam ao longo da vida. Exemplo claro disso é a mudança na participação feminina na força de trabalho nos últimos anos: após décadas de crescimento e aumento no número de mulheres trabalhando, a pandemia fez com que a taxa chegasse ao valor mais baixo desde 1990.
A trajetória das mulheres no mercado de trabalho passou por muitas mudanças ao longo da história. Aspectos como maternidade, estigmas sociais e diferenças salariais fazem parte da inclusão (e exclusão) das mulheres dos ambientes empresariais mesmo de forma inconsciente, com discursos que partem da ideia de que as mulheres são mais flexíveis na negociação ou menos ambiciosas — o que não é necessariamente verdade.
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Educação e profissionalização
A universidade foi um espaço de transformação para as convidadas, mas também para as apresentadoras, que relataram suas experiências pessoais ao longo de suas formações. No Brasil, é comum que as mulheres tenham mais tempo de estudo e experiências escolares dos que os homens: de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população feminina com 25 anos ou mais que possuem ensino superior completo é de 23,5%, enquanto os homens na mesma faixa etária somam 20,7%.
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Na conversa que rolou ao longo do podcast, todas as cinco mulheres contaram suas trajetórias profissionais e acadêmicas, mostrando como seus planos e sonhos se transformaram em oportunidades de trabalho, negócio e empreendimento. A pró-reitora de Planejamento Institucional da Unesc, Gisele Coelho, conta tudo partiu de um plano que ela elaborou ainda na adolescência:
— Comecei em uma máquina de costura, com 15 anos, em 1995. Tinha muitos sonhos e, dali, comecei a me desenvolver dentro da empresa onde eu trabalhava. Quando entrei no ensino superior, continuei crescendo na empresa e, quando percebi, já estava atuando como gestora na área de planejamento. Após a graduação, fui convidada para entrar na docência e também na área de consultoria empresarial. Aos 25 anos, eu já estava em uma carreira de negócios e atuando no ensino superior. Continuei fazendo especializações, mestrado e doutorado. Dentro da universidade, conquistei espaços e fui convidada pela atual reitora para ser assessora dela.
O que o mercado quer?
Quando se está em busca de um novo emprego ou tentando fazer uma transição de carreira, é natural que as profissionais precisem desenvolver suas capacidades e aprender novas habilidades que sejam condizentes com a vaga desejada. Atualmente, o mercado de trabalho valoriza, além da formação e das experiências prévias, diversas competências relacionadas ao comportamento, como a forma como a candidata lida com fatores emocionais, trabalho em equipe e relações interpessoais.
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— Quando se fala de mercado de trabalho, estamos falando em uma série de habilidades que impactam diretamente na vida das pessoas. Essas competências, em um mundo onde a tecnologia e o mundo físico estão em plena fusão, devem ser desenvolvidas. Elas se dividem em duas: as competências técnicas, hard skills, e as comportamentais, chamadas soft skills — explica Gisele.
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Michelle destaca um conceito que vem ganhando força na área de gestão de pessoas: o lifelong learning, ou seja, a ideia de que o aprendizado é uma constante ao longo da vida, e que nunca deixamos de nos aprimorar e ampliar nossas habilidades.
— Hoje, com as tecnologias, tudo está mudando tão rápido, e as pessoas também. Cargos que existiam há dez anos não existem mais, e outros que não existiam hoje são realidade. Por isso, precisamos estar sempre abertos a olhar para o mercado de trabalho pensando nessas transformações.
Gostou da conversa? Então ouça agora o episódio completo do podcast As minas sem filtro, disponível para ser ouvido nas plataformas digitais e também em vídeo, no canal de YouTube da NSC Total.
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Acesse o canal As minas sem filtro e confira todos os episódios desta temporada.
Parte integrante do projeto Dona de Si, promovido pela NSC para celebrar o mês das mulheres, a estreia do podcast As minas sem filtro contou com 4 episódios nesta primeira temporada.
O podcast “As Minas Sem Filtro” conta com o apoio da Unesc.
Ouça todos os episódios:
Episódio 1 – A melhor idade é qualquer idade
Episódio 2 – Sexcare e a redescoberta do prazer
Episódio 3 – Lugar de mulher é onde ela quiser
Episódio 4 – Donas da própria carreira
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