Jorge Sergio Alves
Presidente da Liga Operária Beneficente de Florianópolis
A Liga Operária Beneficente de Florianópolis (LOBF) foi fundada em 11 de janeiro de 1891 como uma forma de entreter os operários aposentados. Está prestes a completar, portanto, 123 anos de história. A sede da Liga fica no Centro Histórico da Capital, na esquina das ruas Tiradentes e Rua Fernando Machado, num prédio simples de três andares que foi construído na década de 1950. Ficamos no segundo. A LOBF é uma sociedade onde as pessoas se encontram para conversar, fazer amigos, mas, principalmente, para jogar dominó. Essa é a modalidade exclusiva da Liga. Os sócios já aposentados se reúnem para disputar partidas acirradas e tomar um cafezinho delicioso feito pela dona Roseli, a secretária da associação.
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O local hoje é administrado por mim, que assumi a presidência em janeiro deste ano mas que faço parte do grupo desde 1994, com muito orgulho, e por Nilson Caldeira, 58 anos, secretário. A diretoria da entidade é composta por 12 membros. Todos os sócios são convidados ou indicados a fazer parte da Liga, então, temos um grande círculo de amizades.
Quando a Liga foi fundada, os sócios operários tinha os cargos interessantes: eram cigarreiros, cocheiros, ferreiros, estivadores e farmacêuticos. Nos áureos tempos, chegamos a ter 3.054 sócios, entre eles ilustres como ex-governador Hercílio Luz. Hoje somos apenas 147 associados: 30 beneméritos, 62 esportivos e 55 estatutários – esses com direito a voto. Sócios que contribuem com a mensalidade no valor de R$ 2 a R$ 10 mensais. A sociedade não conta com nenhuma ajuda financeira do município ou do Estado.
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Entre as nossas principais metas estão informatizar a Liga Operária, reformar o telhado e manter atividades como torneio de dominó mensal – o último foi realizado nessa quinta-feira -, a festa do Dia das Mães e do Dia dos Pais e no Natal fazer uma festa com a presença do Papai Noel para cerca de 200 crianças