Com direito a kits personalizados, distribuição de brindes, chope bem gelado e ao bolo de milho da vizinha, o mais tradicional torneio da Ilha de Florianópolis completa 25 anos neste fim de semana.

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O Dominó do Estimado, na Cachoeira do Bom do Jesus, em Florianópolis, iniciou às 10h deste sábado e a festa foi até o final do dia. Como de costume, 32 duplas participam do “jogo-brincadeira” que reúne ministros, ex-governador, juízes, procuradores e empresários. Todos amigos, moradores da Ilha e apaixonados pelo dominó. Eles jogam entre si, ficando apenas duas duplas para a semifinal e final.

A sede do torneio é a aconchegante casa de Jorge Seara Polidoro, 77, o estimado e idealizador do torneio. Nesta edição está em disputa o Troféu Hélio Bez, em homenagem ao conhecido empresário da Capital, que há anos participa da competição. No Estimado, quem fica com o último lugar também ganha, sai levando o Trofeu Abacaxi.

O vencedor das duas últimas edições, o conselheiro Wilson Wandall, 56, admitiu: apesar da descontração dos participantes, no final das contas, o jogo é levado a sério.

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– Não adianta, na mesa a adrenalina sobe e você quer ganhar, quer jogar o melhor possível – diz.

E para comemorar a meia década do torneio, a equipe de produção inovou. Na tarde deste sábado foram sorteados prêmios especiais, peças de cristal idealizadas pelo artista Levi Bini, medalhas, um frigobar e viagens para o Rio de Janeiro e Buenos Aires.

Pela manhã, Polidoro não tirava os olhos das peças sobre a mesa, mas deu uma pausa para explicar, em poucas palavras, como tudo começou.

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– Começou como ainda é, uma brincadeira entre amigos. Reuni oito duplas aqui em casa e foi um dia muito especial. Repetimos a dose e aí só cresceu – conta.

E como cresceu. Marli de Andrade, 70, casada com Estimado há 49 anos, conta que nunca se importou em abrir a casa para tantas personalidades. Ela diz que boa parte do sucesso do torneio se deve à vizinhança que faz jus ao nome da rua. Mesmo com a movimentação de carros e pessoas na estreita Rua da Paz, todos participam do evento.

– São famílias que se dão bem há muitos anos. A maioria é nativo da ilha e não aluga suas casas no verão. Até hoje, o café da tarde no dia do jogo ainda conta com o bolo de milho e cuca que a vizinhança traz para confraternizar – afirma.

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