O domingo registra falta d’água em pelo menos três cidades da Grande Florianópolis. Segundo comunicados divulgados pela Casan, os municípios de Florianópolis, São José e Biguaçu enfrentam desabastecimento desde o início da manhã. O retorno do serviço está prevista para ocorrer a partir das 18h deste domingo, com normalização completa até a meia-noite.
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No caso de Florianópolis, o problema é ainda mais grave nos bairros Costeira do Pirajubaé e Carianos. Nesses locais, um rompimento da rede de distribuição prejudica o fornecimento desde a manhã. Nesse caso, o restabelecimento da distribuição de água estava previsto para ocorrer a partir das 15h, até as 18h.
Problema recorrente para moradores
Quem mora em Florianópolis tem enfrentado com freqüência ao longo dos últimos meses desabastecimentos de água em que a justificativa informada pela Casan é a estiagem que afeta a região.
O tradutor Flávio Britto mora no bairro Carvoeira e se deparou com a falta d’água por volta das 21h de sábado. Após entrar em contato com a concessionária, ele foi informado de que o serviço seria retomado até a meia-noite. Mas até as duas horas da madrugada deste domingo a situação ainda não estava normalizada.
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Na manhã deste domingo, após algumas horas em que voltou a ter água nas torneiras, Flávio se deparou novamente com problema de falta d’água. O motivo informado no novo contato com a central de atendimento da Casan foi o mesmo: estiagem. Desta vez, a promessa era de que o abastecimento seria retomado somente a partir das 18h.
– Nos oito anos em que moro em Florianópolis, apenas em um não houve interrupção de dois ou três dias sem água, geralmente no verão. A falta d’água é um problema sério. É preferível ficar sem energia elétrica a ficar sem água porque você não consegue cozinhar, tomar banho – afirma o morador.
Investimentos para evitar impactos no futuro
A estiagem tem sido a justificativa para os problemas de falta d'água enfrentado nos últimos meses. Na última semana, a Casan informou que a atual estiagem da Grande Florianópolis é a pior e mais duradoura desde que a companhia tem registro.
O volume de captação de água no Rio Vargem do Braço (também chamado de Pilões), em Palhoça, até a terça-feira estava 49% abaixo do normal — o pior índice dos últimos meses. A chuva da semana anterior, que poderia parecer uma boa notícia, chegou a cerca de 44 milímetros em Florianópolis, mas na região de captação de água foi de apenas 13 milímetros.
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Para evitar que a estiagem traga novamente problemas tão severos no futuro, a Casan já anunciou nos últimos meses medidas como a compra de novas bombas e o aumento da vazão no Rio Cubatão. Outra iniciativa é buscar atacar os vazamentos e perdas na rede, que hoje chega a 40%, entre vazamentos e perdas comerciais (com ligações irregulares, por exemplo). Uma empresa foi contratada para buscar evitar os vazamentos.
A instalação de novas adutoras e o aumento da capacidade de captação de água no Rio Cubatão são outras medidas que a Casan anunciou que pretende buscar para evitar reflexos da estiagem no futuro.