A Capital recebe, neste domingo, o campeão do Estado da temporada. Sempre que escrevo sobre o Joinville, lembro dos velhos tempos de América e Caxias. Do futebol romântico, meio amador, mas, sobretudo, de muita raça e técnica. A cidade de Joinville faz parte de dois períodos extraordinários do futebol catarinense. Antes e depois do JEC. Qual teria sido a melhor? Confesso que adorava ver o América de Ibraim, Euclides, Cocada, Zabot, Gaivota, Vico e tantos outros. Jamais esquecerei do Caxias de 1954 e que começava com o fantástico Puccini, passava por Ivo Maia, Hoppe, deslizava em Cunga Din, Cleuson, Didi e chegava a Juarez, Periquito e Vi ou Vieira. Como esquecer o JEC da era Waldomiro Schutzler. Raul Bosse, os dois Adilson na zaga. Jorge Luiz, Nardela, Valdo, Barbieri. Egídio, Zé Carlos, Paulinho Carioca, enfim, um timaço. Então, qual o melhor? Com a palavra o torcedor catarinense. Avaí x Joinville Este sempre será um grande jogo, até porque envolve duas cidades tradicionais no futebol. Pois, se o Joinville tinha Caxias e América, a Capital tem Avaí e Figueirense, de épocas românticas e técnica por excelência. Adolfinho, Fateco e Danda. Galego Beck, Boos, Procópio, Jair e os fora de série Saulzinho, Tião, Nizeta, Braulio, Felpinho, Bentevi e tantos outros. Que saudade do velho Estádio Adolfo Konder, de tardes fagueiras, onde o futebol dava as cartas e jogava de mão. E hoje? Bem, hoje temos um futebol mais profissional, onde a força supera a técnica, o dinheiro esta acima do amadorismo, os esquemas táticos limitam a criatividade do atleta e a qualidade nem sempre é superior ao futebol do passado. De qualquer sorte, temos futebol. Presente, passado ou futuro, é o nosso melhor produto. Como domingo é dia de futebol, vamos a ele. Na Ressacada é às 15h. Vale a sua presença. SC x Paraná O Figueirense visita a cidade de Irati e logo vem à lembranca a velha rivalidade com os nossos amigos do Paraná. Foi uma época que poucos se lembram. As velhas batalhas entre as seleções nos trazem memoráveis lembranças. Os tempos mudaram, o modernismo consumiu o velho Brasileiro de Seleções dando lugar a competições lucrativas e mais profissionais. Sinto saudades daqueles velhos tempos que certamente não voltarão jamais. No banco Cansado de advertir o banco do Figueirense no sentido de que diretores, técnicos e reservas parassem de gritar, o árbitro Virgílio Jorge perdeu a paciência e avisou: “Se ouvir mais um pio, boto todo banco pra fora. Uma voz de falsete logo respondeu: “Nao faz mal. Sentamos no chão”. Foram todos expulsos. Em dia Armando, um centroavante do Figueirense na década de 70, na época de Ortiga, impressionado com a pontualidade com que o clube lhe pagava os salários e prêmios, comentou satisfeito com os companheiros: “Aqui no Figueirense é na batata, a gente recebe mensalmente, de 15 em 15 dias”. Auxílio do EstadO Nesta segunda-feira, o presidente do Criciúma, Moacir Fernandes, deve resolver pendência com o governador do Estado, Esperidião Amin, sobre auxílio financeiro, assim como o JEC garantiu anteriormente. Será que leva? O governador afirmou que primeiro era preciso pedir. Deve levar, pois as relações entre Amin e Fernandes são as melhores possíveis. Café da manhã O senador Geraldo Athoff, uma das melhores expressões da nova geração de políticos catarinenses, recebe alguns jornalistas esportivos para um café da manhã nesta segunda. Será às 8h no Hotel Itaguaçu. O duro é levantar a esta hora da manhã. Em se tratando do senador Althoff, uma das reservas morais da política, não será um sacrifício e, sim, um prazer.

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