A doleira Nelma Kodama, também conhecida como “Dama do Mercado”, foi condenada a 18 anos de prisão e multa por liderar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado de forma fraudulenta R$ 221 milhões em dois anos. Além disso, ela teria enviado para o exterior outros de U$S 5,2 milhões por meio de 91 operações de câmbio irregulares.

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Nelma foi namorada do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava-Jato, e com ele manteve negócios no mercado paralelo do dólar. Na madrugada de 15 de março, ela foi flagrada embarcando com 200 mil euros dentro da calcinha para Milão, na Itália. Dois dias depois, a Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal.

A doleira foi condenada pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa, corrupção ativa e operação irregular de instituição financeira.

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A condenação de Nelma ocorreu em uma das 12 ações penais em tramitação na Justiça Federal do Paraná. Nesta ação, outros oito investigados foram denunciados pela Procuradoria da República. Apenas o réu João Huang, que intermediava a abertura de contas do grupo em Hong Kong, está foragido, e por isso o juiz determinou o desmembramento da ação referente a ele. Todos os outros réus foram condenados.

O juiz federal Sérgio Moro decretou o confisco dos ativos dos condenados. Uma das acusações contra Nelma foi por corrupção ativa – ela corrompeu o gerente de uma agência do Banco do Brasil, segundo a Lava Jato, para viabilizar uma remessa ilegal de valores para o exterior.

A estrutura da organização desmontada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, era mantida por quatro doleiros, entre eles Nelma Kodama.

Quando foi presa no Aeroporto Internacional de São Paulo com os euros na calcinha, Nelma alegou que o dinheiro era destinado à “aquisição de móveis, pois participaria de um encontro de empresários estrangeiros do ramo de decoração”.

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*AE