O dólar comercial subiu 1,68% nesta quinta-feira e fechou cotado a R$ 1,815 no mercado interbancário de câmbio, o maior valor desde 23 de janeiro deste ano. Durante as negociações, a taxa de câmbio oscilou entre a mínima de R$ 1,807 e a máxima de R$ 1,837. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista encerrou o dia a R$ 1,814, em alta de 1,51%. De acordo com informações do mercado, o volume financeiro totalizava US$ 2,26 bilhões por volta das 16h30.

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– O mercado cambial ainda sofre com a desmontagem de posições. E os investidores estão ressabiados. Muitos já tentaram avaliar que a trajetória de alta havia chegado ao fim e ‘apanharam’ – disse o vice-presidente da tesouraria do banco WestLB no Brasil, Alexandre Ferreira.

Pela primeira vez desde 5 de outubro do ano passado, o Banco Central não interveio no mercado de câmbio hoje. Não houve leilão de compra de dólares, como vinha fazendo diariamente (com exceção de feriados em São Paulo). Hoje, o mercado de câmbio doméstico já começou o dia com uma alta de quase 2% do dólar, afetado pela forte queda do euro no exterior – reflexo de desmonte de posições especulativa. Na mínima, o euro chegou a ser negociado a US$ 1,388, a menor cotação deste setembro do ano passado.

A continuidade de queda dos preços das matérias-primas (commodities) no Exterior também manteve os negócios pressionados. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo caiu 1,67%, a US$ 100,87 o barril. Algumas commodities metálicas e agrícolas também registraram declínio.

– Foi a alta desses produtos que levou à apreciação do real, então é natural que parte desse movimento seja revertido com a baixa nos preços desses produtos – lembrou Ferreira, do WestLB, avaliando ser difícil calcular uma proporção de quanto o recuo nesses itens pressiona a taxa de câmbio.

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