O dólar interrompeu durante parte da sessão a trajetória de correção no mercado de moedas, pressionado por um movimento de realização de lucros em meio ao avanço de preços de algumas commodities (matérias-primas) metálicas e agrícolas. Contudo, o fechamento em queda do petróleo – de -0,79%, a US$ 112,87 por barril – determinou a redução das perdas do dólar ante o euro e a inversão de sinal para alta da moeda em relação ao real no fim da sessão.

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Dessa forma, a moeda americana fechou com apreciação sobre o real pela terceira sessão consecutivo. O dólar comercial subiu 0,06%, para R$ 1,639 – na mínima do dia, caiu 0,55%, cotado a R$ 1,629.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista avançou 0,09% e fechou a R$ 1,64. O ajuste de posições cambiais ocorreu com fraco volume de negócios. O giro financeiro total à vista diminuiu 52%, para cerca de US$ 1,790 bilhão. No mês, o dólar acumula aumento de quase 5%.

Segundo um analista de um banco, com a agenda dos EUA mais fraca hoje e a recuperação de preços de algumas commodities, os investidores fizeram uma pausa para embolsar ganhos recentes, uma vez que o dólar atingiu a máxima em seis meses ante o euro e também o maior valor desde 11 de junho ante o real na sexta-feira.

Com os sinais de enfraquecimento da economia na Europa e Japão, além dos EUA, os investidores estão na expectativa dos indicadores semanais, afirmou.

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Petróleo

O petróleo negociado em Nova York chegou a subir até US$ 115,35 pela manhã, mas, depois, recuou até US$ 112,20 por barril.

No início da tarde, os preços do petróleo nos mercados internacionais exibiam queda, enquanto os investidores monitoravam a tempestade tropical Fay, que pode ou não atingir as instalações de petróleo no Golfo do México.

Apesar do ensaio de realização de lucros hoje, as apostas para o dólar seguem sendo de valorização, com declínio dos preços do petróleo.

No mercado internacional de câmbio, os grandes especuladores estão intensificando as apostas no avanço do dólar ante várias moedas.

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O relatório mais recente sobre posições de especuladores da Commodity Futures Trading Comission, referente aos registros na Chicago Mercantile Exchange na semana encerrada em 12 de agosto, mostrou que a posição comprada em dólar ante seis moedas fortes – euro, iene, libra esterlina, franco suíço e dólar australiano – cresceu para um total líquido de US$ 11,4 bilhões, de US$ 7,7 bilhões no relatório anterior.

É o maior nível comprado em dólar desde outubro de 2006, quando os especuladores detinham uma posição comprada em dólar de US$ 9,842 bilhões ante essas seis moedas.