Seguindo o clima negativo que cerca a economia brasileira – na última segunda-feira, o boletim Focus, do Banco Central, indicou que o PIB do país deve ter em 2015 o pior desempenho em mais de 20 anos -, o dólar disparou em relação ao real pelo segundo pregão consecutivo. Nesta terça-feira, a moeda americana encerrou o dia a R$ 2,9280, alta de 1,14%. Esse é o maior valor para o dólar desde setembro de 2004.
Continua depois da publicidade
Além de prever queda de 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os especialistas ouvidos pelo Banco Central semanalmente também aumentaram a previsão para o IPCA, ínidice oficial de inflação do país. De acordo com os analistas, a alta dos preços deve fechar 2015 acima de 7%.
Os obstáculos que podem comprometer a economia em 2015
Outro fator que tem pressionado o câmbio nos últimos dias são as especulações sobre o futuro do programa de vendas de dólar no mercado futuro do Banco Central. A medida, adotada regularmente desde meados de 2013, tem como objetivo conter a disparada da moeda americana ante o real.
Continua depois da publicidade
No radar dos investidores também estão a reunião do Comitê de Politíca Monetária do Banco Central (Copom), que se iniciou nesta terça e se encerra amanhã – com o anúncio da nova taxa de juro básica (Selic) – e especulações sobre a lista preparada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com os políticos envolvidos na operação Lava-Jato a ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia as últimas notícias de Economia
Leia as últimas notícias de Zero Hora
Pelo lado da bolsa, o destaque foi a alta nas ações da Petrobras. O mercado financeiro recebeu bem o anuncio do plano de desinvestimento da estatal, que deverá vender cerca de US$ 13 bilhões em ativos. As ações preferenciais de patrolífera subiram mais de 2% no pregão.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, registrou alta de 0,56%, aos 51.304 pontos.
*Zero Hora