A perspectiva cada mais próxima de corte do programa de estímulos pelo Federal Reserve – Fed, o banco central norte-americano – provocou movimentos defensivos no mercado doméstico. A decisão pode sair no encontro da instituição da próxima quarta-feira. Os investidores – que costumam se antecipar aos fatos – optaram por fugir da bolsa buscando proteção no dólar.

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Depois de quatro jornadas com desempenho negativo, a moeda dos EUA avançou 1,25%, alcançando R$ 2,3380 no mercado à vista. É praticamente o mesmo valor do fim de novembro. Empresas aproveitaram o preço mais baixo dos últimos dias para enviar dólares ao Exterior. No segmento turismo, a cotação encerrou negociada na média de R$ 2,47 nas casas de câmbio de Porto Alegre.

Por meio da compra de títulos do Tesouro do país, a instituição coloca mensalmente US$ 85 bilhões no sistema bancário. Um eventual corte no programa tenderia a diminuir o volume desses aportes, tendo como efeito imediato a redução de dólares em circulação, forçando o aumento do valor no mercado financeiro.

A Bolsa de São Paulo (Bovespa) caiu 1,81%, encerrando no menor patamar de pontos (50.067) desde 30 de agosto. Composto pelas 72 ações mais importantes do mercado, o Ibovespa registra queda de quase 18% no acumulado do ano.

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