O dólar subia mais de 1% frente ao real logo após a abertura do mercado nesta sexta-feira (3), com investidores reagindo negativamente a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central. O mercado também espera a divulgação de um relatório de emprego do governo dos Estados Unidos. Às 10h28 (horário de Brasília), o dólar à vista estava R$ 5,09 na venda.

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Na quinta-feira (2), o dólar teve uma forte queda impulsionada pela decisão do Banco Central de manter a Selic (taxa básica de juros) em 13,75% ao ano e pela entrada de fluxo estrangeiro no mercado brasileiro.

O tom duro da autarquia ao justificar sua decisão, alertando para a incerteza fiscal e a pressão inflacionária, foi lido por analistas como um sinal de que os juros não devem cair neste ano -tornando, assim, a moeda brasileira atraente para investidores estrangeiros.

O recuo do dólar foi impulsionado também pela decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto, uma desaceleração em relação a aumentos anteriores para o combate à inflação.

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As incertezas no cenário político e fiscal, porém, ainda trazem volatilidade para o câmbio, afirma Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

As novas críticas do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao teto de gastos, que incluíram a possibilidade de rever a independência do Banco Central, elevaram o dólar pouco antes do fechamento. A moeda chegou a ser negociada nesta quinta a R$ 4,94.

Confira no vídeo todas as moedas que o Brasil já teve:

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