O dólar comercial teve a primeira queda da semana nesta quarta-feira, após cinco dias consecutivos de ganhos. O maior valor atingido hoje foi de R$ 3,3681, e o mínimo de R$ 3,3191. A cotação fechou o dia em R$ 3,3293. A Bolsa de Valores, pelo contrário, teve a primeira alta em oito sessões, e fechou com variação positiva de 1,3%. Diversos fatores contribuíram para a desvalorização da moeda norte-americana frente ao real, principalmente a expectativa do anúncio das novas taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
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A moeda norte-americana começou o dia valendo R$ 3,3688. Às 12h, passou para R$ 3,3393. Às 14h, estava em R$ 3,3273. Às 17h, o dólar fechou em R$3,3293, que representa uma variação negativa de 1,1780%.
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A perspectiva desfavorável dada ao Brasil, na terça-feira, pela Standard & Poor?s, parece não ter assustado os investidores, até porque o país manteve o grau de investimento. O cenário político também está estável, com o Congresso em recesso e a manutenção do ministro da Fazenda Joaquim Levy no poder – havia uma preocupação por parte dos investidores de que o ministro tivesse perdido sua força com a redução do superávit primário.
O avanço da bolsa chinesa nesta quarta-feira, após fortes quedas nas últimas sessões, também dá tranquilidade ao mercado. Quanto à taxa de juros, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) decidiu manter inalteradas as taxas nos Estados Unidos, entre 0 e 0,25%.
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De acordo com a corretora Débora Morsch, a expectativa da taxa de juros no Brasil é subir, o que levaria investidores a considerarem a inflação, e perceberem que é positivo investir no país. Mesmo assim, Débora acredita que o dólar não deva se manter em baixa por muito tempo:
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– Até o final do ano, o dólar vai continuar valorizando. Quando o Congresso voltar às atividades, e com o avanço dos trabalhos da Lava-Jato, tudo pode mudar.
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*Zero Hora