Apesar de uma intervenção do Banco Central (BC) no mercado à vista, o dólar seguiu pressionado à tarde, encerrando a R$ 2,141 na compra e a R$ 2,143 na venda, com alta de 1,37% no dia. A instituição promoveu um leilão de swap tradicional, equivalente a venda de dólares no mercado futuro, quando a cotação tocou em R$ 2,145 na venda. Foi a primeira atuação do BC desde 27 de março. O novo patamar da moeda dos Estados Unidos é o mais elevado desde 5 de maio de 2009. A alta foi de quase 7% no mês.

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Esse comportamento reflete uma tendência de apreciação da moeda dos EUA no mundo por conta da perspectiva de corte pelo Federal Reserve – Fed, o banco central norte-americano – do programa de compra de títulos do Tesouro daquele país. Utilizadas como estímulo à economia, essas compras colocam cerca de US$ 85 bilhões por mês em circulação. No Exterior, o euro encerrou a semana ligeiramente abaixo de US$ 1,30.

A valorização foi mais acentuada no Brasil por conta de declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feitas na última quarta-feira. Afirmando não estar preocupado com a alta do dólar, o ministro reiterou que o governo não usará o câmbio como instrumento de combate à inflação. Os investidores entenderam seu pronunciamento como a admissão do teto informal mais elevado para flutuação da moeda.

No mercado acionário, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) amargou queda de mais 2%, encerrando no menor nível de pontos (53,5 mil) desde 18 de abril deste ano. Nos EUA, Wall Street consolidou perda de 1,36%.

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