Se abril foi um mês de queda para o dólar – a moeda fechou com desvalorização de 5,5% ante o real em meio à redução das tensões políticas -, maio vem sendo marcado pelo vaivém no câmbio. Depois de cair quatro vezes seguidas, para abaixo de R$ 3, na semana passada, a moeda americana disparou 2,31% nesta segunda-feira e encerrou o dia valendo R$ 3,0525.

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No radar dos investidores está o momento ruim da economia brasileira, reforçado pelas projeções de analistas ouvidos pelo Banco Central no boletim Focus. As previsões do mercado para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano voltaram a piorar, segundo o relatório divulgado nesta segunda.

A expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 8,29% neste ano, e de retração de 1,2% no PIB – essa foi a quinta revisão negativa seguida para o inflação e a quarta consecutiva para o PIB.

Também pesou para a alta na cotação a maior demanda por dólar por parte de exportadores, atraídos pela queda do valor da moeda nos últimos dias. Como a moeda também obedece à lei de oferta e demanda, quanto maior a procura pela divisa, mais alto o preço fica por aqui.

A notícia positiva do dia veio da Europa. À tarde, o governo de esquerda da Grécia autorizou o pagamento de 750 milhões de euros devidos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – um dia antes do vencimento do prazo para pagamento.

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Embora traga alívio momentâneo para a zona do euro, o consenso entre os líderes econômicos do bloco e credores do país é de que o governo grego precisa avançar mais em mudanças estruturais antes que possa receber novos empréstimos.

Bolsa fecha perto da estabilidade

Após abrir em alta com a anúncio da redução do juro básico na China, a bolsa de valores brasileira passou a operar entre perdas e ganhos no decorrer do dia. O Ibovespa, principal índice acionário do mercado brasileiro, encerrou com alta de 0,08%, aos 57.197 pontos.

O banco central chinês cortou em 0,25 ponto percentual sua taxa de juro. Essa foi a terceira redução em três meses e tem como objetivo combater a desaceleração da segunda maior economia do mundo. Repercutindo a notícia, os papéis da Vale fecharam entre as maiores altas da bolsa – a China é o principal comprador do minério de ferro da companhia brasileira.