A moeda norte-americana avançou 1,71%, encerrando a R$ 2,2580 no mercado à vista do Banco Central (BC). Trata-se do mais elevado patamar desde 1º de abril de 2009, quando foi negociada a R$ 2,28. Neste ano, o dólar atinge ganho de 10,5%. Desde 29 de maio, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou que não estava preocupado com a alta do dólar, a moeda registrou valorização de 9%.
Continua depois da publicidade
Mesmo promovendo pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, no qual gastou cerca de US$ 3 bilhões, a cotação chegou a encostar em R$ 2,28 antes do meio-dia, o que levou a instituição a adotar outro mecanismo de política monetária.
Por meio de uma ferramenta chamada de leilão de venda de dólares com recompra futura ou leilão de linha, o BC fez intervenções que não interfere no montante das reservas internacionais. Já utilizado no ano passado, o leilão de linha é uma espécie de empréstimo de dólares remunerados com taxa prefixada próxima do nível do juro básico (Selic) projetado para o período.
Em duas operações, o BC emprestou US$ 3 bilhões nessa forma alternativa ao preço de venda de R$ 2,26 – o valor do momento no mercado – sob compromisso de recompra de parte em 3 de setembro a R$ 2,2905 e o restante em 1º de outubro por R$ 2,30. Ou seja, os juros nas operações serão de 1,35% nos primeiros contratos e de 1,77% nos demais.
No Exterior, o dólar apresenta ligeira alta diante do euro, que cedeu 0,5%, encerrando pouco acima de US$ 1,32. Wall Street amargou queda de 2,34%, voltando a fechar abaixo de 15 mil pontos. Depois de despencar quase 4%, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) encerrou com alta de 0,67% e 48.214 pontos.
Continua depois da publicidade