Após duas altas consecutivas, o dólar fechou em queda nesta quarta-feira, com uma sucessão de notícias desfavoráveis à apreciação do real pesando sobre os negócios no mercado doméstico de câmbio. No fim da sessão, o dólar comercial cedeu 0,12% e fechou a R$ 1,603. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista recuou 0,06%, cotado a R$ 1,603.
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Apesar de novas altas recordes dos preços do barril de petróleo hoje – a matéria-prima fechou acima de US$ 143,00 o barril pela primeira vez em Nova York – e de negativos indicadores econômicos dos Estados Unidos sobre o mercado de trabalho norte-americano, as influências mais importantes sobre o câmbio no Brasil vieram do ambiente interno.
Os destaques ficaram por conta das declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o funcionamento do Fundo Soberano do Brasil (FSB) e dos dados do fluxo cambial, anunciados pelo Banco Central. Mantega afirmou que poderá ser usada parte dos R$ 14 bilhões previstos para a constituição do fundo soberano com o objetivo de comprar dólares no mercado quando houver “excesso da moeda estrangeira”.
Quanto ao fluxo de recursos, a informação de que o saldo cambial ficou negativo em junho intrigou parte do mercado. Segundo os dados do BC, no mês passado saíram do País US$ 877 milhões, resultado de entradas de US$ 4,7 bilhões pelo segmento comercial e saídas de US$ 5,578 bilhões pelo financeiro. A última vez em que o fluxo cambial fechou o mês negativo foi em janeiro deste ano, em US$ 2,357 bilhões.
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