O dólar comercial fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,632 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista avançou 0,31% e fechou a R$ 1,632.
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A falta de liquidez nos mercados nesta segunda-feira ajudou a sustentar um ajuste de alta na cotação do dólar ante o real no primeiro pregão deste mês. O fraco movimento de negócios esteve associado ao mau humor internacional, que serviu como pretexto para a alta da moeda norte-americana no mercado doméstico, mas é visto como pontual pelos especialistas. Afinal, no acumulado deste ano até o mês de maio, a valorização do real supera 8%.
Além disso, as notícias também são boas também pelo lado comercial. Hoje saíram os dados da balança comercial de maio. O mês passado fechou com superávit de US$ 4,077 bilhões – o maior do ano – com exportações de US$ 19,306 bilhões e importações de US$ 15,229 bilhões. No ano, o superávit acumulado passou para US$ 8,655 bilhões.
A única apreensão interna refere-se à inflação. As taxas seguem altas e as projeções continuam subindo. Na pesquisa Focus, divulgada na manhã de hoje pelo Banco Central, o mercado elevou as estimativas para todos os índices de preços.
A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a taxa oficial de inflação do governo e baliza a política monetária adotada pelo BC, passou de 5,24% para 5,48% em 2008 e de 4,5% para 4,6% em 2009. Em ambos os casos, as apostas do mercado para a inflação já superam o centro da meta, de 4,5%, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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Hoje, o Banco Central interveio no mercado de câmbio, com o leilão de compra de dólares. A autoridade monetária pagou taxa de corte de R$ 1,633 no leilão. Segundo um operador, foram aceitas três propostas (de três bancos) entre cinco ofertas (de cinco bancos) com taxas declaradas, que iam de R$ 1,632 a R$ 1,634. Doze instituições não informaram os valores de suas propostas na operação.