O dólar voltou a fechar em baixa em relação ao real, nesta terça-feira, depois da leve alta de ontem. A depreciação da moeda americana aconteceu por causa do fluxo positivo de recursos ao Brasil. O dólar comercial recuou 0,18%, para R$ 1,629. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista terminou o dia valendo R$ 1,628, em queda de 0,25%.
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Segundo operadores, o fluxo positivo de hoje deve ter se dirigido à renda fixa. Afinal, hoje começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que terminará amanhã com a definição da nova Selic, taxa básica de juros.
É consenso entre os investidores e analistas que o juro será elevado, o que atrai os estrangeiros. Ainda mais agora, que o Brasil já exibe a chancela de grau de investimento por duas das três grandes agências de classificação de risco, a Standard & Poor’s e a Fitch.
No fim da tarde, porém, o dólar comercial devolveu parte da depreciação do dia (chegou a cair 0,92%, a R$ 1,617, antes de fechar com a taxa citada), acompanhando a alta da moeda americana nos mercados internacionais e a queda das bolsas de valores – às 16h, a Bovespa perdia 2,76% e o índice Dow Jones, de Nova York, caía 0,92%.
Fontes consultadas afirmaram que as declarações feitas hoje pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que o dólar fraco está no radar do Fed por causa dos efeitos ruins sobre a inflação ajudaram a valorizar o dólar em relação ao euro e ao iene.
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