O dólar comercial abriu em alta nesta segunda-feira de 1,02%, negociado a R$ 1,972 no mercado interbancário de câmbio. Na semana passada, a moeda norte-americana havia fechado os negócios de sexta-feira estável, cotada a R$ 1,952. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 1,31%, cotado a R$ 1,976.

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Os mercados foram da euforia ao desânimo na semana passada, primeiro repercutindo os dados mais positivos de atividade e, depois, computando a frustração provocada pelos números ruins do mercado de trabalho nos Estados Unidos e Europa. E o pessimismo prevalece no início desta semana, à espera de indicadores que possibilitem confiança sobre o futuro da economia global.

As principais bolsas operam em queda e, no mercado de moedas, o dólar ganha valor. Além da aversão ao risco, a moeda norte-americana beneficia-se de declarações do vice-ministro de Relações Exteriores da China, He Yafei, que disse ontem que o dólar se manterá como a principal moeda de reserva nos próximos anos. A China vem defendendo a criação de uma moeda supranacional. Ao mesmo tempo, os líderes do país dão declarações suavizando essa sua posição.

As declarações de Yafei têm peso aumentado pelo fato da proximidade com a reunião do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia). A presença da China na reunião, que acontece entre quarta e sexta-feira na cidade italiana de L´Aquila, trazia temores sobre declarações contra a supremacia da moeda norte-americana.

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