Além das carnes o dólar alto também beneficia outros setores, como a soja e o milho. A cotação do milho para o produtor, que estava em torno de R$ 30 a saca em maio, chegou a R$ 40 em dezembro, em Chapecó. A saca de soja, que estava em R$ 70, agora está próximo de R$ 80.

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Para o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina, Enori Barbieri, o momento é bom para o agronegócio, com exceção do leite.

– O agro está otimista, o ano começou ruim, mas tivemos uma recuperação de preços tanto nas carnes quanto nos grãos. Além das exportações de carnes, o dólar beneficiou a alta na soja e no milho. A liberação do FGTS ajudou a melhorar o consumo e o preço do arroz também subiu. É lógico que tem um aumento de custos na alimentação. Mas para a economia dos municípios isso é bom, pois vai gerar mais receitas – projeta Barbieri.

Um exemplo do impacto positivo do agronegócio é Chapecó. Acidade de 220 mil habitantes ocupa a 13ª posição no ranking nacional do saldo de empregos: entre o número de vagas criadas e os postos de trabalhos perdidos, o município acumula 5.577 vagas em 2019.

Esse número é puxado principalmente pelas agroindústrias, que em 2018 deram férias coletivas e até demitiram, mas que em 2019 retomaram abates e ampliações. Essas ampliações também movimentam outro setores, como serviço, construção civil e comércio.

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