Embalada por um pronunciamento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em relação à politica monetária, a moeda norte-americana disparou no mercado á vista, alcançando o patamar mais elevado desde 4 de dezembro do ano passado. No Banco Central (BC), o dólar registrou alta de 1,92%, encerrando a R$ 2,1140. Na BM&F Bovespa, a cotação saltou 1,81%, terminado a R$ 2,1085.
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Esse desempenho refletiu declarações de Mantega afirmando que a valorização da moeda norte-americana não é preocupação para o governo e que o câmbio não será usado como ferramenta para combater a inflação. Para ele, essa alta é decorrente de um movimento internacional por causa de especulações sobre o término pelo Federal Reserve – Fed, o banco central dos EUA – do programa de compra de títulos do Tesouro norte-americano. O dólar, porém, perdeu força frente do euro, que avançou cerca de 0,7%, encerrando a US$ 1,2930 no mercado internacional.
Como algumas fontes do mercado já vinham antecipando, Mantega deve estar indicado uma elevação do teto informal para flutuação da moeda, que pode ser R$ 2,15 ou R$ 2,10. No último caso, o BC vai precisar atuar para enquadrar o valor dentro do limite permitido. O novo valor máximo só será testado a partir de segunda-feira em razão do feriado desta quinta-feira e de um possível esvaziamento dos negócios no câmbio na sexta-feira. Ou seja, o ministro escolheu o momento certo para influenciar para cima a cotação do dólar.
No mercado acionário, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) caiu 2,5%, fechando com 54.634 pontos. Wall Street registrou baixa de 0,69%.
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