O dólar disparou no mercado à vista acima de R$ 2,14 no começo da tarde, o que levou o Banco Central (BC) a atuar para conter a pressão de alta. Imediatamente a cotação parou de subir, mas ainda permanece elevada: R$ 2,1350 na compra e a R$ 2,1370 na venda. Trata-se do mais elevado nível desde 5 de maio de 2009.

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Esse comportamento reflete uma tendência de apreciação da moeda dos Estados Unidos no mundo por conta da perspectiva de corte pelo Federal Reserve – Fed, o banco central norte-americana – do programa de compra de títulos do Tesouro daquele país. Utilizadas como estímulo econômico, essas compras colocam cerca de US$ 85 bilhões por mês em circulação.

A intensificação da valorização do dólar no Brasil também decorre de declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, na quinta-feira, reiterou que o governo não usará o câmbio como instrumento de combate à inflação. Os investidores entenderam seu pronunciamento como a admissão de um teto informal mais elevado para flutuação da moeda.