O dólar recuou pelo terceiro dia seguido ante o real, influenciado pelo grau de investimento do Brasil e em dia de novas informações sobre o Fundo Soberano. O dólar comercial recuou 0,55% nesta sexta-feira e fechou a R$ 1,628. No mês, acumulou queda de 2,10% e, no ano, já perde 8,28%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista fechou o dia a R$ 1,627, em queda de 0,67% (a baixa em maio foi de 3,5% e em 2008 já é de 8,45%).

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Animados com o grau de investimento concedido ontem ao país pela agência de classificação de risco de crédito Fitch Ratings, as tesourarias de bancos ampliaram as ofertas de dólar no mercado cambial doméstico.

Mantega

Novas informações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o Fundo Soberano do Brasil também esclareceram dúvidas do mercado sobre o objetivo e as fontes de captação de recursos do fundo e estimularam ofertas de moeda.

– Como o fundo será em reais com recursos extras da arrecadação, e apenas eventualmente o governo poderá comprar moeda em mercado para o fundo, os temores de que haveria uma demanda adicional do Tesouro se dissiparam – disse um operador.

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Mantega, informou, em São Paulo, que o governo decidiu fazer uma poupança fiscal extra de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 13 bilhões, que comporá o Fundo Soberano do Brasil (FSB). O objetivo da iniciativa é o de colaborar com a política antiinflacionária, explicou.

Segundo Mantega, o FSB terá uma poupança em reais, mas poderá comprar dólares também. – Oportunamente, o fundo poderá comprar dólares. Se for oportuno. Não é obrigatório – esclareceu.

A queda da cotação da moeda americana hoje, porém, foi limitada pela atuação do Banco Central, que comprou cerca de US$ 340 milhões em leilão no mercado à vista, disse um operador.