A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (31) contra dois homens que são suspeitos de ameaçar a família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As informações são da colunista Camila Bomfim do g1.

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Os dois homens são irmãos. Um deles foi preso na Vila Clementino, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, e o outro na cidade do Rio de Janeiro.

A investigação teve início em abril quando o STF passou a receber e-mails anônimos. Alguns faziam ameaças de uso de bombas e outros diziam saber o itinerário da filha do ministro.

A segurança do STF, ao ser acionada, colaborou com a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF nos levantamentos.

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Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na quinta-feira (30), a decisão chegou à PF.

Os dois irmãos responderão pelos crimes de ameaça e de “stalking” — perseguição —, que estão sendo apurados. A audiência de custódia deve acontecer na tarde desta sexta.

O suspeito preso no Rio é Raul Fonseca de Oliveira, fuzileiro naval da Marinha. O outro, preso em São Paulo, é Oliveirino de Oliveira Junior. Até a última atualização da reportagem, a defesa dos dois não havia sido localizada.

As ameaças

O ministro Alexandre de Moraes comunicou, em nota, que “a pedido do Ministério Público, determinou as buscas e apreensões e decretou as prisões no curso da investigação da PF”.

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Paulo Gonet, procurador-geral da República, reconheceu no pedido da PGR as “graves ameaças a família do ministro” e a “existência de provas suficientes da existência do crime”.

A nota também diz que “pela gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas” os irmãos não podem permanecer em liberdade.

Os dois são investigados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, de acordo com a nota, porque o conteúdo de ameaça à família de Moraes faz referência ao “comunismo” e “antipatriotismo”.

Posição da Marinha

A Marinha do Brasil (MB), ao ser questionada, comunicou que “não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário” e que “permanece à disposição da justiça para prestar as informações, no que lhe couber, necessárias ao andamento das investigações.”

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*Sob supervisão de Luana Amorim

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