Dois presos que cumprem pena no Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, no município de mesmo nome localizado na Grande Florianópolis, fugiram da unidade na tarde desta quinta-feira. A penitenciária abriga algumas das principais lideranças do crime organizado catarinense. A fuga aconteceu por volta de 16h.

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A reportagem confirmou a fuga com uma fonte da Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC), que abrange o Departamento de Administração Prisional (Deap), e um servidor que trabalha no complexo penitenciário de São Pedro de Alcântara. Os detentos que fugiram foram identificados como Jaime Alves da Rosa e Pretroson Silva Machado.

Jaime, de 31 anos e natural de Campo Erê, no Oeste catarinense, cumpre pena em São Pedro desde 2010. Ele foi condenado pelos crimes de roubo e tentativa de suborno. Já Petroson é natural do Pará, tem 34 anos, cumpre pena em São Pedro desde 2014 pelos crimes de roubo, sequestro e falsidade ideológica, entre outros. Ambos são considerados perigosos.

Os detentos são procurados por policiais no entorno da penitenciária, em uma região de mata. Policiais de diferentes cidades estão mobilizados na busca. Até a última atualização desta matéria, nenhum preso foi recapturado.

SJC instaurou sindicância para apurar a fuga

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Secretário de Justiça e Cidadania de SC, Leandro Lima, afirma que uma sindicância foi instaurada nesta quinta-feira para apurar as circunstâncias da fuga de Jaime e Petroson de São Pedro de Alcântara. Nesta sexta-feira (14), explica Lima, a corregedoria do sistema prisional dará "plantão" na penitenciária para tentar encontrar respostas para a fuga.

Como passou o dia em Chapecó, no Oeste, e ao chegar na Capital esteve em uma solenidade no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Lima disse que não tinha detalhes de como os presos fugiram daquela que é considerada uma das prisões mais seguras do Estado.

— Me inteirei do fato, mas estive fora quase todo dia. Amanhã (sexta-feira), a corregedoria vai apresentar uma análise preliminar da ação e veremos quais as providências administrativas que vamos tomar. Uma sindicância já está aberta, os órgãos policiais já foram informados e todos já estão trabalhando na busca e no fornecimento de informações a Polícia Militar — afirma Lima.