A Secretaria de Saúde de Joinville confirmou nesta quinta-feira (13), dois novos casos de dengue autóctone, ou seja, contraídos dentro da cidade. Os pacientes são uma menina de 10 anos de idade, moradora do bairro Jarivatuba, na zona Sul, e um homem de 30 anos, morador do bairro Aventureiro, na zona Leste. Ambos já passaram por atendimento médico e foram liberados.
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Além desses, outros dois casos autóctones foram registrados em Joinville, desde o início do ano. O casal de irmãos, sendo a menina de 9 e o menino de 14 anos, são moradores do bairro Comasa. Também houve o registro de um caso de dengue importado — contraído fora da cidade — de um morador do bairro América.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Vigilância em Saúde, Nicoli dos Anjos, a confirmação de dois novos casos autóctones é um importante sinal de alerta para a população.
— Estamos no segundo mês do ano e já tivemos quatro casos de transmissão autóctone, o que é motivo de grande preocupação porque, agora, a transmissão já aconteceu em três bairros. A quantidade de focos positivos é muito grande e conforme a população vai circulando, há grande chance de transmissão em massa de dengue e, talvez, até uma epidemia — alerta Nicoli.
Números atualizados do Serviço de Vigilância em Saúde apontam 924 focos positivos em Joinville, desde o início deste ano. Dez bairros estão infestados pelo mosquito Aedes aegipty: Boa Vista, Bucarein, Comasa, Espinheiros, Floresta, Guanabara, Itaum, Jardim Iririú, Jardim Sofia e Jarivatuba.
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Mobilização da população
A Secretaria da Saúde de Joinville está realizando medidas emergenciais para o combate ao mosquito Aedes aegypti, um dos principais vetores causadores da dengue, Zika vírus, febre Chikungunya e da febre amarela.
Com investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, o Serviço de Vigilância Epidemiológica de Joinville vai contratar 10 novos agentes de Combate às Endemias, instalar novas armadilhas e implementar o uso de ferramentas tecnológicas como os drones para vistoria de imóveis.
Mesmo com reforço nas ações, é indispensável a mobilização da população para eliminar e prevenir novos focos do mosquito e, consequentemente, a proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito.
— Pedimos, mais uma vez, o apoio da população na luta contra o vetor. Qualquer recipiente deve ser vistoriado. É importante o uso de repelente principalmente nas áreas infestadas. E se houver algum sintoma da doença, a orientação é que se procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima — disse Nicoli.
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