Um avião com 2 milhões de doses da vacina de AstraZeneca/Oxford chegou em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na manhã desta terça-feira (23), por volta das 6h30.
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O voo com as vacinas produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de imunizantes, partiu na madrugada de segunda de Mumbai. Agora as doses seguem para o Rio de Janeiro, diretamente para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
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No Instituto, as vacinas passam por conferência de temperatura, qualidade e segurança da carga. As ampolas também recebem etiquetas com informações em português e algumas amostras são encaminhadas para análise e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).
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A logística de distribuição fica por parte do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. As doses da AstraZeneca devem ficar prontas para serem enviadas aos Estados brasileiros na madrugada de quarta-feira (24). Santa Catarina ainda não recebeu a informação sobre a quantidade de doses a serem enviadas para o Estado ou sobre a data de chegada desses imunizantes.
Produção própria e importação da AstraZeneca
A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além dos 2 milhões que chegaram nesta terça ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses.
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A Fiocruz também trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a fundação brasileira vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.
A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março. Os dois primeiros lotes serão liberados internamente nos próximos dias para testes e estabelecimento dos parâmetros de produção.
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Além da produção própria com IFA importada, a Fiocruz trabalha no processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil. Assim, a fundação será autossuficiente na produção das vacinas, sem precisar importar matéria-prima. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
*Com informação da Agência Brasil e supervisão de Raquel Vieira
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