O Tribunal Supremo espanhol confirmou nesta quarta-feira as condenações a 535 anos de prisão de dois integrantes do grupo separatista basco ETA por um atentado com carro-bomba que deixou 45 feridos em Madri.

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A decisão foi anunciada no momento em que o País Basco, região do norte da Espanha com 2,2 milhões de habitantes, espera a iminente dissolução do ETA, que renunciou em 2011 à luta armada.

O Supremo rejeitou os recursos apresentados por Liher Aretxabaleta Rodríguez, de 38 anos, e Alaitz Aramendi Jaunarena, de 40, e confirmou as penas 535 anos de prisão para cada um anunciadas no ano passado por um tribunal especializado em terrorismo.

Na prática, no entanto, o período máximo que uma pessoa pode ficar presa na Espanha é de 40 anos.

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Os dois foram acusados de colocar, na madrugada de 24 para 25 de maio de 2005, um artefato explosivo de 20 quilos na mala de uma caminhonete em Madri, “com o objetivo de causar o maior dano material possível, aceitando provocar a morte” de pessoas no local.

A explosão, que foi anunciada menos de uma hora antes a um jornal basco, provocou lesões, principalmente auditivas, em policiais e outras pessoas, assim como danos em veículos e edifícios.

Aramendi Jaunarena cumpre na França uma pena de 18 anos de prisão, anunciada em 2013, por associação ilícita com o objetivo de preparar um ato terrorista.

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Aretxabaleta Rodríguez foi entregue em 2011 pelo governo da França a Espanha, onde foi colocado em prisão provisória e depois liberado sob controle judicial em 2013.

* AFP