O mandante e o executor do empresário Luiz Cavazzotto, 49 anos, que morreu a tiros na frente de casa em Balneário Camboriú, foram condenados em Tribunal do Júri na tarde desta quinta-feira (28). O crime ocorreu em janeiro de 2020. O advogado Felix Raichardt, mandante do crime, foi condenado a 17 anos de prisão, enquanto o executor, Carlos Eduardo Conceição Martins, pegou 33 anos de cadeia.

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Ao todo, cinco pessoas são acusadas pelo envolvimento no assassinato de Cavazzotto, entre elas, sua namorada. Ela e o advogado Raichardt planejaram o homicídio e mandaram executá-lo, por que o empresário cobrava dele uma dívida referente à venda de um carro no valor de R$ 100 mil. A namorada e outros dois suspeitos serão julgados em outra data. 

Por meio de um amigo, preso no Rio Grande do Sul, o casal contratou Martins por R$ 5 mil para executar o crime. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), na véspera do assassinato, Martins roubou um veículo em Itajaí e, junto com o advogado, trocou a placa por outra, clonada. O veículo foi usado na execução.

Conforme o MP-SC, no dia do crime, o denunciado apontado como o autor dos disparos estacionou o carro próximo à casa do empresário e o advogado ficou perto do local. Quando a vítima foi se despedir do amigo na frente da sua casa, o criminoso a alvejou com seis tiros. Cavazzotto morreu no local.

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No julgamento, os Promotores de Justiça Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto, da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú, Alexandre Carrinho Muniz e Marcio Cota, do Grupo Especial de Atuação do Tribunal do Júri (GEJURI) do MP-SC, sustentaram que o homicídio foi duplamente qualificado por ter sido praticado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa pela vítima.

Felix Raichardt foi condenado a 17 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado por homicídio duplamente qualificado e adulteração de placa de veículo. 

Carlos Eduardo Conceição Martins foi condenado a uma pena maior, 33 anos, um mês e 13 dias, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, roubo qualificado e adulteração de placa, também em regime inicial fechado.

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