Um homem foi absolvido e dois homens foram condenados em um julgamento pela tripla tentativa de homicídio de três vigilantes da Penitenciária de Joinville. O caso ocorreu em 2018, quando nove pessoas tentaram explodir o muro da penitenciária, no bairro Paranaguamirim, em um plano para liberar o detento Paulo Henrique Artmann dos Santos, o “Calango”.

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O julgamento começou às 9 horas. Eles foram julgados porque, durante a tentativa de invasão, três agentes prisionais que estavam numa guarita próxima ao local da explosão reagiram a tiros contra o grupo. Com isso, os homens fizeram vários disparos contra os agentes penitenciários, que não se feriram. Segundo o Ministério Público (MP), esta tentativa de homicídio aos agentes foi cometida por motivo torpe.

O promotor pediu absolvição dos acusados nas três tentativas de homicídio. Um deles foi absolvido das acusações neste julgamento. Outro réu foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime fechado por participação em organização criminosa e o terceiro réu foi condenado a sete anos e quatro meses em regime fechado, pelo mesmo crime.

Em fevereiro do ano passado, outros sete réus foram à julgamento pelo mesmo episódio e foram condenados, se somadas as penas, a mais de 230 anos de reclusão, todos em regime fechado.

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Calango e as duas tentativas de fuga

O detento que estava aguardando o “resgate”, Paulo Henrique Artmann, tinha 29 anos na época. Ele estava preso por tráfico de drogas, com uma condenação a 17 anos em regime fechado. Por causa desta tentativa frustrada de fuga, ele foi condenado a mais 41 anos e 1 mês. As penas dos outros participantes do crime ficaram definidas entre 36 anos e 10 meses e 27 anos e 4 meses.

Poucos meses antes, Calango já havia tentado fugir da prisão em outro plano frustrado: um helicóptero foi locado em Penha e sequestrado. Antes de chegar à Penitenciária de Joinville, onde iria planar para que ele subisse por uma escada, o helicóptero caiu, causando a morte de três pessoas — entre elas o piloto Antônio Mário Franco Aguiar e o auxiliar Bruno Siqueira — e deixando um ferido.

Relembre o plano do grupo

O episódio aconteceu na madrugada de 13 de agosto de 2018. O grupo dirigiu-se aos fundos da Penitenciária Industrial de Joinville e colocou um artefato explosivo no muro do estabelecimento prisional e, depois, o detonou. Houve apenas destruição parcial do muro, mas o grupo não conseguiu invadir a unidade prisional.

Segundo a denúncia do MP, três agentes prisionais que estavam numa guarita próxima ao episódio revidaram e, com isso, o grupo efetuou vários disparos contra os agentes penitenciários, mas eles não se feriram. 

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No momento da explosão, dois detentos estavam focados em causar tumulto dentro da unidade, distraindo um dos vigilantes durante a execução do plano e, assim, tentar deixar a cela de Calango aberta. Um dos homens que participou da ação foi baleado e morreu à caminho do hospital. Todos os réus foram encontrados e presos.