Na próxima segunda-feira (8), os estudantes da rede municipal de Blumenau voltarão às aulas presenciais depois de quase um ano fazendo atividades de maneira remota. Porém, nem todos os pais permitirão a ida das crianças e adolescentes: 67,2% desejam o retorno, enquanto 32,8% optam por continuar com o ensino em casa. 

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Os números foram apresentados pelo prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), a vice Maria Regina Soar (PSDB) e a secretária de Educação, Patrícia Lueders, em live na manhã desta quarta-feira (3). Eles também explicaram como será a retomada. 

Depois da pesquisa que indicou quantos estudantes irão para as escolas, cada direção adaptou o planejamento para a realidade da instituição. Ou seja, tem locais que conseguirão atender as mesmas turmas semanalmente, mas outros precisarão dividi-las em grupos para alternar as idas e evitar aglomeração. 

As regras estaduais determinam distanciamento de 1,5 metro entre os alunos ou 50% da capacidade quando a região estiver no risco gravíssimo para o coronavírus. 

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Por isso, não há espaço para todos nas salas. Há creches menores que precisaram dividir as turmas em quatro grupos. Isso significa que a criança irá à unidade uma semana por mês. 

— Houve muito planejamento, o retorno será seguro. Ninguém tem o modelo certo, mas há a certeza de um ótimo planejamento e profissionais comprometidos para dar certo — garantiu Patrícia. 

Números do retorno

Nos Centros de Educação Infantil (CEIs), 74,8% dos pais disseram que mandarão os filhos para as unidades, enquanto 25,2% permanecerão com as crianças em casa. Nas escolas, o percentual de interessados no retorno presencial cai para 63% contra 37% que não levarão os estudantes. 

Considerando os CEIs e escolas de ensino fundamental, há 36 mil alunos inscritos na rede municipal de Blumenau. Do total, 67,2% retornarão neste primeiro momento e 32,8% continuarão com as aulas on-line ou material impresso.

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Turmas divididas em grupos

Nos CEIs, apenas 11% das unidades conseguirão receber turmas inteiras semanalmente. Em 48% das creches elas foram divididas em duas, em 32% em três e 9% em quatro. Nas escolas, 25% conseguirão atender normalmente, 63% terão turmas divididas em dois grupos e 8% em três. 

As regras

Conforme determinação estadual do final do ano passado, a educação passou a ser uma atividade essencial em Santa Catarina. Então, independente do risco que a região estiver para a contaminação de Covid-19, haverá aula. 

Entre as regras básicas estão o uso de máscara por crianças (exceto as menores de dois anos) e adolescentes durante a permanência na escola e higienização constante das mãos. Se o aluno apresentar sintomas gripais, não deve ir à unidade. 

Caso o responsável que optou por deixar o pequeno em casa mude de ideia, terá de sinalizar à escola ou creche com antecedência. A instituição terá sete dias para adequar a turma e receber o estudante. 

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A recomendação é que os pais não entrem na escola ao deixar os filhos. Na entrada, haverá medição da temperatura das crianças. Elas usarão as mesmas carteiras diariamente, conforme o espelho de classe. No final da aula tudo deve ser higienizado para a chegada dos próximo período. 

Os recreios ocorrerão, mas com algumas diferenças. Há unidades que dividirão o intervalo em vários horários e outras que farão a pausa dentro da sala. A merenda será servida.