Os envolvidos no caso Bocelli, que foram condenados no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) a devolver recursos e pagar multas por supostas irregularidades no pagamento antecipado para a realização de um show que havia sido marcado e não ocorreu na Capital em 2009, já começaram a recorrer da decisão dos conselheiros. Eles foram determinados a ressarcir o poder público depois que haviam organizado a apresentação do tenor italiano Andrea Bocelli, que nem sequer apareceu na Ilha.
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Apesar de o prazo para recurso ir até 3 de novembro, dois deles já recorreram. Segundo a Secretaria-Geral do TCE/SC, foram interpostos embargos de declaração pelos defensores de Mário Roberto Cavallazzi, ex-secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Florianópolis, e Augusto Cezar Hinckel, ex-secretário de Finanças e Planejamento da Capital. Os outros condenados ainda têm prazo para entrar com o recursos ou decidir pelo pagamento dos valores determinados.
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A pena é a devolução de R$ 2,5 milhões (custo do espetáculo na época). Com correção monetária e juros, o valor calculado a partir de 2009 chega agora a aproximadamente R$ 4,2 milhões. Também foi determinada a aplicação de multas aos responsáveis que, no total, chegam a R$ 310 mil. No rol dos responsabilizados estão o ex-prefeito de Florianópolis e atual senador Dário Berger (PMBD), o ex-secretário de Finanças Augusto Cézar Hinckel e a empresa Beyondpar, contratada para executar o show, penalizados com multa de R$ 50 mil cada.
Já o ex-secretário de Turismo Mário Cavalazzi e seu adjunto, Aloysio Machado Filho, além da multa de R$ 50 mil, também foram punidos com duas multas de R$ 14 mil e uma de R$ 7 mil cada por não realizarem processo de licitação, por falta de planejamento e por subordinação do interesse público ao interesse privado.
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