A contaminação pela doença mão-pé-boca entre crianças é motivo de alerta, conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina. A síndrome é uma infecção transmissível e que pode causar surtos entre os pequenos, especialmente até os cinco anos de idade. Por isso, a Dive está orientando cuidados para evitar o aumento de casos a partir da publicação de uma nota informativa nesta quarta-feira (10).
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Conforme a diretoria, a síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma infecção de origem viral causada por diversos enterovírus. Ela é caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés.
A transmissão ocorre por meio de secreções, como saliva, que podem se espalhar com gotículas da tosse e espirro ou pelo compartilhamento de objetos. Ainda pode acontecer pelo contato direto ou indireto com fezes de pessoas contaminadas e consumo de alimentos contaminados ou mal cozidos. Outra forma de contágio é o contato direto com as lesões.
Doença mão-pé-boca: veja os sintomas e como prevenir infecção contagiosa entre crianças
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A médica infectologista Lígia Castellon Gryninger, da Dive, alerta que a criança contaminada deve ser afastada imediatamente do convívio com outras até que se recupere. Ela destaca que, mesmo depois de curado, o paciente pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Dessa forma, a higiene das mãos deve se manter intensificada mesmo após melhora dos sintomas.
Sintomas da doença
A Dive afirma que o aparecimento dos sintomas ocorre de três a sete dias depois da contaminação. A doença mão-pé-boca possui sintomas clássicos, mas que outros podem ser somados quando o vírus está mais agressivo. Veja a lista dos indicadores da doença. abaixo.
- Febre em torno de 38 e 39°C
- Lesões na boca, dentro ou ao redor
- Lesões e erupções nas palmas das mãos e nas palmas dos pés
- Diarreia
- Lesões e erupções nos braços, pernas e nas áreas de fralda
- Falta de apetite
- Dor de garganta
- Dor de cabeça
O diagnóstico é clínico e acontece de maneira simples e fácil, segundo a especialista, a partir da observação da presença das marcas na pele. Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a síndrome mão-pé-boca porque o quadro é bem típico e autolimitado, ou seja, melhora espontaneamente.
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Como prevenir
As principais medidas para evitar a transmissão do vírus são a intensificação das medidas de higiene de mãos e do ambiente e superfícies, com especial enfoque em objetos compartilhados, como brinquedos. Além do afastamento dos sintomáticos até resolução dos sintomas. Veja as dicas da Dive abaixo.
- Lavar frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro (a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas);
- Limpar as superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);
- Evitar o contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com a doença;
- Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche até o desaparecimento dos sintomas;
- Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
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