Seja pela oferta e qualidade de ensino, por histórias de vida, por laços pessoais e profissionais ou apenas pelos emblemáticos tijolinhos à vista, a Universidade do Vale do Itajaí hoje faz parte da identidade catarinense. Mas nem todo mundo sabe como foi construída a história da instituição que figura entre as maiores e melhores do país – e que acaba de completar 50 anos, no dia 22 de setembro. Para relembrar e registrar essa trajetória do ensino superior no município, foi lançado nesta terça-feira à noite um videodocumentário sobre as cinco décadas da Univali, resgatando o passado e projetando um futuro de desafios e oportunidades para a educação itajaiense.
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O documentário tem 42 minutos de duração e foi produzido pelo Núcleo de Produção de Imagens da própria Univali, por meio dos cursos de Fotografia e Produção Audiovisual. O filme retrata, com entrevistas e documentos, desde a criação da Sociedade Itajaiense de Ensino Superior (Sies) em 1964, que daria origem à Univali, até os dias atuais. Entre os depoimentos, historiadores, ex-alunos, ex e atuais reitores e vice-reitores relembram momentos marcantes e falam do desenvolvimento da universidade.
Para mostrar essa história, o diretor-geral do projeto, professor Ricardo Gallarza, precisou “viajar” até 1964, quando as então faculdades isoladas de Ciências Jurídicas e Sociais e de Filosofia, Ciências e Letras formaram a Sies, transformada em instituição pública por lei municipal. Inicialmente o vídeo seria um curta-metragem, mas diante de tanto conteúdo e de tantos detalhes para contar, a produção cresceu. Vinte e três pessoas se envolveram diretamente na ação, com gravações que ocorreram no primeiro semestre deste ano.
– Fizemos um trabalho histórico de média duração, mas poderia ser um longa ou até mesmo uma série, pela quantidade de material que temos. São 50 anos, é uma história muita rica e complexa que procuramos trazer de uma forma documental, mas com dose necessária de emoção – explica.
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Roteiro
Após lembrar a criação da Sies, o documentário avança com a evolução da entidade para Autarquia Municipal de Educação e Cultura da Cidade de Itajaí (Amecci), em 1968, e depois para Fundação de Ensino do Pólo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi), em 1970. Com a presença do presidente militar Ernesto Geisel, seria inaugurado oito anos depois o primeiro campus da então Fepevi, em Itajaí, onde até hoje funciona a Univali. Antes disso as aulas eram dadas em espaços mais acanhados, na antiga residência das irmãzinhas do Colégio São José, na casa da Sociedade Itajaiense de Ensino Superior e no Colégio Salesiano.
Em 1986 a Fepevi se torna Faculdades Integradas do Litoral Catarinense (Filcat), que em 1989 vira Univali, após reconhecimento do Ministério da Educação como universidade. Com a mudança, a instituição ganha autonomia para a abertura de novos cursos – um dos fatores que a impulsionaram a nível estadual e nacional.
Saudosos depoimentos, principalmente dos ex-alunos da primeira turma de ensino superior do município, humanizam o cinquentenário da Univali ao longo de todo o vídeo. Entre os “causos”, lembranças do primeiro vestibular da instituição, realizado no salão nobre do Colégio São José e que incluía uma segunda etapa com prova oral, e o primeiro trote, em que os estudantes cortaram cabelos e sujaram as roupas uns dos outros já que, logicamente, não havia nenhum veterano para comandar a brincadeira.
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Números da Univali:
9 campus
25 mil alunos
71 opções de cursos de graduação
48 cursos de especialização
9 mestrados
6 doutorados
500 mil livros nas bibliotecas
500 salas de aula
250 laboratórios
2,3 mil funcionários
1.161 professores
Mais de 16 mil pessoas atendidas por ano no Hospital Infantil Pequeno Anjo, mantido há 12 anos pela Fundação Univali
93 leitos no hospital, entre internação, pronto-socorro, centro cirúrgico e UTI