A doceira Margareth Aparecida Marcondes, de 47 anos, voltará a Joinville nesta sexta para uma audiência do processo que apura a tentativa de homicídio cometida contra o marido dela, Nercival Cenedezi, de 50 anos, em março do ano passado.

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Margareth foi denunciada por quase matar o companheiro com golpes de rolo de macarrão. Ele sofreu traumatismo craniano, fratura de face e hemorragia intracraniana, além de ter ficado com sequelas após a agressão. Ela e o marido moravam no bairro Santa Catarina, zona Sul de Joinville.

O crime foi descoberto quando a polícia apurava a participação da doceira em um caso que surpreendeu a polícia. Contratada para organizar a festa de 15 anos de uma adolescente em Curitiba, Margareth acabou gastando o dinheiro recebido com antecedência, cerca de R$ 7 mil. Na tentativa de adiar a festa, ela enviou amostras de doces envenenados para a jovem no Paraná.

Além da adolescente, outros três jovens comeram os bombons e foram parar no hospital. Em depoimento, após ser detida, Margareth contou que agrediu o companheiro para que ele não descobrisse sobre os envenenamentos.

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A fuga

Sabendo que seria perseguida, a doceira fugiu após atacar o marido e ficou sumida por 11 dias. Foi encontrada em Barra Velha, dentro do carro, por policiais militares. Nercival foi encontrado desacordado sobre a cama do casal, em Joinville, somente dois dias após a agressão.

Pelo que fez contra o marido, Margareth responde em Joinville por tentativa de homicídio com agravante de uso de meio cruel, por tornar impossível qualquer reação da vítima e com o fim de assegurar a ocultação de outro crime.

Antes de ela prestar depoimento nesta sexta, outras testemunhas serão ouvidas na 1ª Vara Criminal. Margareth será trazida da Penitenciária Feminina de Piraquara (PR). Em Curitiba, ela responde a processo por tentativa de homicídio contra os quatro jovens. Aquela ação está suspensa porque ainda não foi divulgado o resultado de um exame de sanidade mental ao qual a acusada foi submetida.

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Contraponto

O advogado Gilson Lisandro Schelbauer, que defende Margareth em Joinville, diz que a Justiça catarinense também autorizou que ela seja submetida a um exame de sanidade mental. Mas o exame ainda não foi feito. Na avaliação do advogado, o laudo de sanidade mental é peça fundamental para a confirmação de que a acusada pode não ser capaz de responder por seus atos.

Em contato com o advogado que a defende no Paraná, Gilson pediu para ter acesso ao exame feito no Estado vizinho.

– Se o laudo confirmar que ela não tem condições de responder por si, o próprio ato de tomar depoimento dela não terá sentido -, aponta.

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