O vírus influenza A H1N1, conhecido como gripe A, circula mais cedo no Estado e já atingiu 41 catarinenses neste ano, aponta o boletim da Dive-SC divulgado nesta quinta-feira. No último boletim, de uma semana atrás, eram 22 casos do vírus. No total, o vírus influenza já causou oito mortes em SC, sendo seis por H1N1. Uma morte em Jaraguá do Sul foi causada por influenza B (outro vírus que provoca gripe) e oito casos de influenza A, porém ainda em análise do subtipo (se é H1N1, por exemplo), que engloba mais uma morte, em Araranguá.

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As mortes por H1N1 foram registradas nos municípios de Blumenau (duas), Brusque (duas), Lages e Guaramirim, sendo uma em cada.

Blumenau ainda é o município que mais preocupa e que concentra quase metade dos casos, já são 19 confirmados no município. Itajaí registrou quatro casos, seguido por Florianópolis e Lages, com três casos cada.

Em relação à idade, o maior número de casos confirmados por influenza atingiu indivíduos da faixa etária de 40 a 49 anos com 11 casos (26,8%).

A maioria dos casos confirmados por influenza estão relacionados a fatores de risco. Dos 50 casos, 41 deles (82%) tinham algum fator de risco associado, sendo 24 portadores de doença crônica, seis obesos, sete idosos (maior que 60 anos) e quatro crianças menores de 2 anos.

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Em relação às mortes, também há estreita relação com esses fatores de risco. Dos oito óbitos confirmados pelo vírus influenza, sete (87,5%) tinham fator de risco associado (doentes crônicos, obesos, idosos). Além disso, o tratamento com Tamiflu foi iniciado, em média, 5 dias após o início dos sintomas. O recomendável é que inicie até 48 horas depois do início.

Nesta sexta-feira, às 15h30min, o Diário Catarinense fará uma transmissão ao vivo para tirar dúvidas dos leitores sobre gripe. A gerente de imunização da Dive-SC, Vanessa Vieira da Silva, responderá as perguntas. Participe em facebook.com/diariocatarinense

Com a quantidade de casos e até mortes, os catarinenses estão recorrendo a clínicas particulares em busca da vacina contra gripe. Na Grande Florianópolis, assim como em outras regiões do Estado, a demanda é constante e gera filas e espera por senhas.

Na clínica Tio Cecim, em Florianópolis, são distribuídas 100 senhas por dia, mas nesta semana, devido a grande demanda, não há mais disponibilidade. As próximas senhas serão distribuídas só na segunda-feira e leva em torno de 10 minutos para esgotar. Na Imunizar, são três salas de vacinação, e muitas famílias já chegam duas horas antes da abertura para pegar senhas. São quatro enfermeiras atuando o dia inteiro na vacinação, explica a diretora técnica da clínica, Marliene Momm. Já o Laboratório Santa Luzia recebeu um lote de doses que acabou em cinco dias e agora o fornecedor não tem para entregar, por isso estão sem previsão de disponibilidade.

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