O número de zonas costeiras mortas no mundo já cobre uma área de mais de 245 mil km, o equivalente ao Estado de São Paulo. São cerca de 400 ecossistemas marinhos afetados.

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Pesquisadores do Instituto Virgínia de Ciência Marinha (EUA) e da Universidade de Gothenburg (Suécia) realizaram o levantamento, a ser publicado nesta sexta-feira na revista científica norte-americana Science .

Zonas mortas são regiões em que a quantidade de oxigênio disponível é menor do que 0,2 ml para cada litro de água, uma situação conhecida como hipóxia. A fauna e a flora marinhas morrem asfixiadas ou migram para regiões em que o nível de oxigênio não declinou.

No Brasil, existem seis zonas mortas: a Lagoa dos Patos, em Porto Alegre, a Baía da Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio (RJ), a Bacia do Pino, em Recife (PE), a Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC) e a Lagoa de Imboassica, em Macaé (RJ).

Nas últimas décadas, a maior parte dos processos de hipóxia na região costeira foram induzidos pelo homem. O excedente de fertilizantes utilizados na agricultura chega ao mar por rios e estimula a multiplicação das algas.

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Com o tempo, as algas morrem e alimentam bactérias que também se multiplicam e consomem todo o oxigênio. O esgoto doméstico, lançado sem tratamento no mar, acelera esse processo.